Ciclo de Rancor romance Capítulo 477

Resumo de Capítulo 477 – Aplicar a pomada para você: Ciclo de Rancor

Resumo do capítulo Capítulo 477 – Aplicar a pomada para você do livro Ciclo de Rancor de Luísa

Descubra os acontecimentos mais importantes de Capítulo 477 – Aplicar a pomada para você, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance Ciclo de Rancor. Com a escrita envolvente de Luísa, esta obra-prima do gênero Romance continua a emocionar e surpreender a cada página.

― Deirdre, vou procurar comida na montanha. Vá colher alguns legumes no quintal para comermos quando eu voltar. ―

― Está bem. ― A jovem assentiu. Então, segurou o batente da porta e fechou os olhos confortavelmente sob a luz do sol. Já fazia três dias que ela vivia seguindo rigorosamente uma rotina.

As feridas em suas mãos ainda não tinham começado a cicatrizar, mas os arranhões em seu corpo estavam começando a desaparecer.

Ela acreditava que a dor penetrante que irradiava de suas palmas ocasionalmente diminuiria, em mais alguns dias e parecia que a vida havia voltado ao normal, como antes de conhecer Kyran.

Ela carregou a cesta e caminhou com segurança até o quintal. A visão diante de seus olhos escurecia com frequência, então ela não conseguia ver o caminho com a nitidez que gostaria, por isso, tentava sempre fazer os caminhos de memória, como quando era cega.

Ela colhia verduras no quintal, mas, antes que pudesse enxer a cesta, um par de mãos enormes se estendeu para ela.

― Deixa que eu faço isso. ―

Deirdre levantou a cabeça e viu um homem de pele negra. Ele parecia bastante bonito, com base em seu contorno. Era o filho do chefe do vilarejo, Hoyt Leigh, e a tinha ajudado no dia anterior quando, por uma falha em sua recente visão, Deirdre torceu o tornozelo ao caminhar pelas ruas cheias de buracos do local.

― Obrigada pela ajuda, mas está tudo bem. Já terminei o que eu fazia e vou voltar para casa. Deirdre ficou constrangida e estendeu as mãos na tentativa de pegar a cesta de volta, mas Hoyt não deixou:

― Você não pode ver muito bem, então certamente será bastante inconveniente para você. A cesta está pesada, então é difícil para uma garota como você carregá-la sozinha. ―

Deirdre sorriu e agradeceu.

Hoyt abaixou a cabeça e corou, quando viu o rosto de Deirdre. Ele estava com medo de que Deirdre notasse sua reação, então caminhou na frente dela:

― Siga-me e tenha cuidado. ―

A senhora Cox ainda não estava em casa quando Deirdre voltou e Hoyt pareceu não ter pressa de sair, então perguntou:

― Suas mãos estão melhores? ―

As mãos de Deidre ainda estavam envoltas em bandagens, e ela se lembrou de sentir dor, quando ouviu a pergunta de Hoyt. Mas, apenas disse:

― Muito melhor. ―

Hoyt tirou uma pomada do bolso timidamente.

― Comprei na farmácia do centrinho e pode reduzir a dor e a inflamação. Dê-me suas mãos e eu a aplicarei para você. ―

Olhando para as feridas da jovem, Hoyt sentiu um arrepio na espinha. Então, aplicou a pomada com cuidado. Deirdre não expressou sua dor, em nenhum momento, durante todo o processo e Hoyt não teria percebido que doía bastante se não tivesse visto as gotas de suor frio na testa da jovem.

― É doloroso, né? ―

Deirdre assentiu.

Hoyt perguntou:

― Por que você escondeu? ―

Deirdre riu.

― Qual é o sentido de mostrar minha dor? Você ainda iria aplicar a pomada. Se expressar minha dor ajudasse a reduzir, com certeza, eu faria um escândalo. ―

Hoyt ficou sem palavras. Em seu coração, admirou a capacidade que a jovem tinha de suportar a dor. Ela tinha a graça e a qualidade de uma herdeira nascida em uma família rica, mas não parecia nem um pouco mimada. Ela ainda era capaz de brincar neste momento.

― Não vamos cobrir as mãos por enquanto. A umidade vai exacerbar a inflamação. Vou até a farmácia, assim que puder, e trago coisas para fazer um novo curativo. ―

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