Ciclo de Rancor romance Capítulo 478

― Tudo bem, muito obrigada. ―

Hoyt queria dizer algo mais, mas se conteve. Ele pretendia somente ser educado, dizendo ‘não tem de quê’ mas se sentiu tímido e não conseguiu encontrar as palavras, por isso, apenas foi para casa. Mas, murmurou assim que chegou em sua morada:

― Mãe, onde está a moto? ―

― Por quê, filho? Aconteceu alguma coisa? ― Madame Leigh saiu da cozinha, enxugando as mãos no avental. ― Aonde você vai a uma hora dessas? ―

Hoyt disse:

― Não é nada demais, só lembrei que preciso passar ali no centrinho para pegar umas coisas. Cadê a moto? ―

― Está ali no fundo, no coberto. Parece que vai chover forte esta noite, então quando voltar, guarda de novo para evitar que enferruje.

Hoyt assentiu e foi pegar o veículo.

Madame Leigh disse antes de ele sair:

― Volte para casa logo! Chame seu pai na entrada da vila também, enquanto você estiver lá, para que ele possa voltar para casa para jantar mais cedo! ―

― Certo! ―

Acelerando forte e pulando os buracos, o rapaz foi em direção ao centrinho. Ele atravessou a entrada do vilarejo e encontrou seu pai parado, com dois carros luxuosos estacionados ao lado dele.

Ele desceu da motocicleta para se aproximar do pai, justamente quando a pessoa que estava no carro também desceu.

Ele encontrou o olhar frio do homem e a visão deixou uma impressão profunda que não podia ser ignorada por Hoyt, embora o homem estivesse vestindo um casaco sobre sua bata de hospital. Seu corpo inteiro exalava uma presença elegante, mas opressiva. Parecia que o homem estava gravemente doente e seu rosto estava terrivelmente pálido.

Ele se aproximou do pai, enquanto o homem ainda falava com o homem altivo e perguntou, baixinho:

― O que esses homens estão querendo por aqui? ―

― Eles estão procurando por alguém. ―

― Procurando por alguém? Quem eles estão procurando? ―

O chefe da aldeia disse, enquanto fumava um cachimbo:

― Uma mulher com pouco mais de 20 anos? Eles alegaram que a mulher tem feridas no rosto e é bastante magra. ―

A mente de Hoyt foi alertada e ele perguntou apressadamente:

'Qual é a relação entre este homem influente e a gentil Deirdre?' A mente de Hoyt estava uma bagunça de pensamentos. Quando voltou do centrinho com a sacola, a mãe começou a fazer centenas de perguntas, mas o rapaz apenas a ignorou e foi direto para o quarto, onde se deitou na cama, debaixo do cobertor e tentou organizar a própria mente.

Quando o chefe da aldeia voltou para casa, Madame Leigh ainda resmungava:

― Algo está errado com seu filho. Ele correu para o centrinho, ao entardecer e, quando voltou, ficou muito distraído e indiferente. ―

― Não ligue para ele. Se você tiver um tempo livre, nos próximos dias... ―

-

Deirdre ainda estava preparando o jantar, na cozinha, quando a senhora Cox chegou em casa. Assim que a jovem ouviu o barulho da porta, começou a falar:

― Por que você chegou tão tarde hoje? ―

A senhora Cox estava de ótimo humor quando foi até a cozinha assumir a tarefa de Deirdre. Se aproximou sorrindo, enquanto dizia:

― Hoje colhi muitas coisas preciosas na encosta. Devo conseguir vender por um bom preço, assim terei dinheiro para financiar o casamento do meu filho. ―

Deirdre também estava feliz por ela.