Depois de um tempo, pegando estradas ora melhores ora piores, Deirdre e Hoyt finalmente chegaram ao seu destino e, embora nenhum deles esperasse, uma multidão o lugar estava tão lotado que para não ter dificuldade na hora de estacionar o veículo, preferiram descer da motocicleta e terminar o restante do trajeto a pé.
Hoyt não parava de repetir, a cada centena de metros que percorriam:
― Por favor, siga-me de perto. Não se perca no meio do povo! ―
O rapaz falava com tanta insistência que a jovem começou a ficar incomodada e se defendeu:
― Mas, que exagero! Eu sou uma mulher adulta, você sabia? Não me trate como criança. ―
Hoyt se virou e encontrou um belíssimo sorriso gentil. Suas bochechas queimaram de vergonha e ele teve que se esforçar para responder sem gaguejar.
― Eu... eu não quis dizer... eu quis dizer, você não está familiarizada com o centrinho e seus olhos não são muito bons, então, se você se perder, não saberá onde me encontrar! ―
― Vai ficar tudo bem. Se eu me perder, vou ficar onde estou. Eu sei que você vai me perceber e me encontrar. ―
― Isso é verdade... ― Hoyt sentia como se estivesse andando no ar.
Ele acelerou um pouco o passo e conduziu Deirdre a uma loja. Então disse:
― Chegamos. Dê uma olhada e veja se há algo que você goste. Se encontrar algo me avise, eu sou bom em pechinchar. ―
― Está bem. ― Deirdre abriu a porta e examinou o interior da loja, que era pouco iluminado. Caminhou perto das araras e apalpou cuidadosamente o tecido de cada roupa. Todos eles pareciam robustos o suficiente para resistir ao frio.
Ela estava prestes a perguntar o tamanho quando ouviu uma mulher gritar:
― Hoyt? É realmente você! ―
Ela levantou a cabeça e uma moça, um pouco mais nova que ela, passou com tudo, quase a empurrando. A visão de Deirdre tornava impossível discernir suas feições, mas ela podia dizer que a moça usava muitas joias. A luz refletida nas bordas estava praticamente cegando-a.
O rosto de Hoyt empalideceu.
― Selma? Por que você está aqui? ―
― Para comprar roupas, ué? E você? ― A mulher se virou para Deirdre e a examinou. Sua vigilância inicial transformou-se em desprezo. ― Ah, meu Deus. Seu gosto continua chegando ao fundo do poço, depois que você me deixou. Agora você está namorando uma mulher com cicatrizes no rosto? ―
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Ciclo de Rancor
😣...
Terá mais capítulos?...
Gostaria de ler o restante do livro...