Ciclo de Rancor romance Capítulo 49

Brendan franziu a testa:

― Vou pegar uma tigela de mingau, para você. ―

Brendan saiu imediatamente, desceu correndo a escada, encheu uma tigela de mingau e voltou a subir. Mas, ao abrir a porta, não viu Deirdre na cama. Preocupado, o homem correu os olhos pelo quarto até encontrar a jovem na sacada.

Ele não sabia como Deirdre tinha conseguido chegar à janela da varanda, mas ficou chocado ao ver que ela havia aberto e estava completamente desprotegida.

― O que você está fazendo?! Volte aqui! ―

O vento soprava nos ouvidos de Deirdre e ela tinha uma expressão vazia no rosto. Mas, não sentia mais dor, nem medo e tudo o que queria era se libertar o mais rápido possível.

― Brendan, não perturbe Sterry novamente. Ele é um dos poucos que me tratou bem. Querer ser sua esposa e fazer você me amar foi uma ilusão da minha parte, e sei que te deixei enojado. Sinto muito ― disse Deirdre, desculpando-se. Ela então fechou os olhos com determinação ― eu estou te dando minha vida. ―

― Deirdre! ―

As pupilas de Brendan se contraíram abruptamente. A tigela de porcelana em sua mão caiu, quando ele correu para Deirdre. No entanto, não conseguiu agarrar a jovem. Ele tinha chegado tarde demais. A jovem caía.

O monstro ouviu o baque do corpo caindo pesadamente no chão e viu o sangue espirrar por toda parte. O coração de Brendan disparou e ele sentiu uma dor intensa. Seu organismo foi sobrecarregado por ansiedade, inquietação e angústia. O homem sentiu como se estivesse prestes a enlouquecer. Sentindo um grande vazio, percebeu que perdia uma coisa muito importante em sua vida.

Sem pensar no que fazia, Brendan desceu as escadas pulando os degraus, mas quando chegou no jardim, já havia um segurança ao lado de Deirdre. Quando o brutamontes viu seu chefe se aproximar, disse com o rosto branco como papel:

― Senhor Brighthall, a respiração dela está muito fraca. Ela está morrendo... ―

― Puta que pariu! ― Os olhos de Brendan estavam vermelhos e ele gritou histericamente ― Chame uma ambulância! Ela não vai morrer. Ela não vai! De jeito nenhum! ―

‘Como ela ousa fugir da minha vida? Ela é minha. Pensar que ela pode morrer sem minha permissão é apenas uma ilusão da parte dela!’

Demorou 10 minutos para a ambulância chegar e Deirdre começar a receber os primeiros socorros. Depois, mais 10 até ser empurrada para a sala de emergência. Brendan, no entanto, sentiu que demorou uma eternidade. Enquanto isso o corpo jovem e judiado parecia estar se agarrando à vida. Quando ela tossiu, o sangue expelido espirrou em Brendan.

― Senhor Brighthall... Seu rosto está cheio de sangue. É melhor limpar. ―

Parado na entrada do hospital, o segurança entregou um lenço a Brendan. O brutamontes sabia como seu chefe costumava ser impecável em relação à sua higiene pessoal. O homem não conseguia suportar quando havia a menor sujeira em seu rosto. No entanto, ele ignorou totalmente o segurança.

Então, como se terminasse de processar um milhão de informações, Brendan deu um soco na parede.

― Merda! ―

Nesse momento, uma enfermeira saiu apressada e disse, enquanto tirava a máscara:

― A paciente está tendo uma hemorragia grave! Temos sangue insuficiente em nosso banco de sangue. Algum de vocês tem Rh negativo? Precisaremos de toda ajuda que conseguir. ―

Quando soube da gravidade da situação de Deirdre, o rosto de Brendan empalideceu. Ele se virou para seu segurança e perguntou:

― Você conhece alguém que é Rh negativo? Alguém da equipe de segurança? Da família? ―

O homem sentiu um calafrio. Ele conhecia alguém com o tipo de sangue necessário, mas não ousava dizer o nome. Mas, vendo que a expressão de Brendan estava ficando cada vez mais séria, o brutamontes sugeriu timidamente:

― A Senhorita McKinney, Senhor... ―

Brendan ficou surpreso, mas se recuperou e fez uma ligação, sem hesitar.

Após desembarcar do avião, Charlene descansava em um hotel próximo. Quando viu a ligação de Brendan, sua expressão sombria foi instantaneamente substituída por um sorriso. Ao mesmo tempo, ela se perguntou se Brendan ligava para dizer que iria cancelar o encontro.

Charlene atendeu a ligação:

― Bren... ―

― Venha para o Hospital Neve, imediatamente! ―

O homem desligou o telefone e o segurança ficou encarando, pasmo. Ele não podia acreditar no que acabara de ouvir. Brendan realmente exigiu que Charlene, que ainda estava se recuperando, fosse ao hospital para uma transfusão de sangue para aquela mulher feia.

Quando Charlene chegou e soube da hemorragia de sua rival e que seu sangue era necessário para uma transfusão, seu rosto empalideceu, instantaneamente.

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