Ciclo de Rancor romance Capítulo 53

― Não seja louco. Seu corpo está tão fraco agora que só ficarei em paz se eu a levar comigo! ― Sterling falou, com os dentes cerrados, e deu uma olhada em Charlene ― Você já tem uma nova esposa, certo? Você deveria deixar sua ex-mulher em paz, agora que a arruinou de tantas maneiras! ―

O olhar de Brendan ficou gelado abruptamente quando ele ouviu esse comentário:

― Quem você vai levar com você, Sterling? Deirdre é minha! Ela é minha por toda a vida e será enterrada no cemitério da minha família, quando morrer. Nem pense em se exibir, só porque você a salvou! ―

Ao dizer isso, Brendan lançou um olhar para seu segurança, antes de se virar para ir ao centro de terapia intensiva, onde Deirdre tinha sido levada.

― Bren... ― Charlene manobrou a cadeira de rodas e partiu atrás dele. Ela tinha ouvido toda a conversa. Seu rosto estava pálido e ela disse, em um tom lamurioso ― Como a condição de Deirdre já foi estabilizada, você pode me levar para casa? As pessoas que me trouxeram aqui já foram embora, porque não aguentaram mais esperar. Estou com medo de ir sozinha... ―

Havia inquietação na expressão de Brendan, talvez devido a ele estar estressado após o incidente de Deirdre, ou talvez, devido ao seu profundo ódio por Charlene, depois de saber sobre a cegueira de Deirdre. Então, ele disse em um tom indiferente:

― Farei com que Sam leve você para casa. Ainda tenho alguns assuntos importantes para resolver com Steven. ―

Ao ouvir isso, Sam, o segurança, foi empurrar a cadeira de rodas de Charlene, às pressas.

Charlene não podia suportar aquilo, mas cerrou os punhos com tanta força que suas unhas cravaram nas palmas das mãos. Com seu olhar baixo manchado com um toque de malícia, ela estava convencida de que a atitude de Brendan se devia à cegueira de Deirdre.

Ela não estava preocupada que Steven a expusesse, pois eles estavam no mesmo barco. No entanto, estava preocupada que Brendan tentasse pedir respostas a Deirdre, depois de não receber nenhuma informação de Steven.

Brendan nunca teria acreditado em Deirdre, no passado, mas Charlene não tinha tanta certeza disso, depois de presenciar as últimas reviravoltas, então, tentando recuperar a frieza, pensou:

'Vou fazer a cadela calar a boca, antes que ela me denuncie!'

No centro de terapia intensiva, algum tempo depois, Deirdre sentiu como se tivesse tido um longo sonho e, no sonho, ela vivia uma vida sem tumultos, como desejava há muito tempo. No entanto, ela podia ouvir uma voz rude ecoando em sua cabeça, falando com ela, repetidamente.

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