Ciclo de Rancor romance Capítulo 601

Brendan se acalmou, fechando os olhos e controlando a respiração, depois girou o aparelho celular molhado nas mãos, tirou a bateria e comentou:

― Não se preocupe, vou tentar resolver isso. ―

Uma mudança finalmente sombreou o rosto congelado e mortificado de Deirdre quando um lampejo de surpresa se iluminou brevemente em seus olhos vidrados e quase cegos, antes que ela abaixasse a cabeça e sussurrasse, com um sorriso:

― Obrigada. ― O agradecimento veio do fundo de seu coração, pois aquele telefone significava muito para ela.

Brendan só conseguia rir de si mesmo. Ele a estava pressionando para estar mais perto de seu próprio alter ego! Mesmo que... sempre tivesse sido daquele jeito.

Em um instante, um garçom trouxe uma toalha felpuda e um roupão de banho e, com carinho, Brendan secou sua companheira o melhor que pôde, certificando-se de que o frio intenso não a atingiria. E isso foi o último vestígio de qualquer suavidade em sua expressão. Quase imediatamente, ele examinou os arredores com um olhar penetrante e vingativo e perguntou, com intenção assassina:

―Quem a derrubou? Quem fez isso? ―

Alguém no grupo disse:

― Ela caiu na piscina sozinha, certo? Quero dizer, ela não pode ver. Eu não acho que é tão surpreendente. ―

― Sim. Uma pessoa cega andando sozinha na beira da piscina... era de se esperar, certo? ―

Brendan não seria enganado facilmente. Ele sabia o tipo de pessoa que Deirdre era. Ela sempre tomava cuidado onde pisava. Seus olhos ainda podiam estar com pouca visão, mas ainda eram melhores do que a cegueira total e permitiam que ela visse objetos grandes. Ela nunca teria caído na água sozinha. Logo, alguém tinha feito aquilo com ela.

― Estou dando ao culpado uma última chance de confessar. Vou contar até três, se ninguém se levantar e admitir a culpa, pedirei imediatamente os registros da câmera de vigilância e me deixe ser bem claro. Não terei piedade do culpado, quando descobrir quem foi. ―

O ar noturno parecia ter gelificado no frio. A vingança frígida fez com que a pele de todos se arrepiasse e o magnata começou a contagem regressiva:

― Três. ―

― Dois. ―

― Fui eu... ―