Ciclo de Rancor romance Capítulo 602

― Ou você pula logo na porcaria da piscina, ou qualquer empreendimento que sua família tenha será varrido do planeta. A decisão é sua ― Brendan zombou. Então puxou Deirdre ainda mais perto de seus braços e sorriu. ― Aposto que alguém que sabe que sou um Brighthall também saberia quem eu sou, certo? Posso destruir empresinhas em um estalar de dedos, então talvez não teste minha paciência. ―

― N-Não, senhor Brighthall! Não precisa! ― Minerva implorou, alarmada.

Deirdre quase tinha morrido pois a ajuda demoraria a chegar, se Brendan não a tivesse visto. E a julgar pelo tom de Brendan, ninguém ousaria resgatar Minerva, a menos que ele permitisse!

― Mas, eu não sei nadar, eu vou morrer se eu pular! Por favor, mostre alguma misericórdia! Foi apenas um acidente! ―

O tom de Brendan era tão frígido quanto nitrogênio líquido.

― Três. Dois... ―

Os lábios de Minerva tremeram. Tudo pelo que ela trabalhou duro para construir, sua imagem, sua reputação, tudo estava indo para as ruínas. Se a notícia daquilo vazasse... ela se tornaria a piada do círculo. Ela poderia dar adeus ao seu sonho de se tornar uma socialite. Por outro lado Brendan puniria a empresa de sua família se ela se recusasse a pular.

Minerva nunca ficara tão devastada pelo arrependimento em sua vida. Então, antes que Brendan contasse até um, ela deu o salto, com os nervos em frangalhos.

O respingo que ela fez provocou risos nos espectadores. Ela se debateu, lutando para se manter à tona, e gritou a plenos pulmões:

― Ajude-me! Ajude-me, Joan! Joan! ―

Um brilho de ira coloriu os olhos de Joan. A idiota a dedurou no último momento!?

― Joan? Seria Joan Wood? Que coincidência, hein? ― Brendan estreitou os olhos. Que nome familiar. De repente, ocorreu a ele o que Declan havia mencionado em sua ligação anterior. Que a intrusão bêbada de Ronan no banheiro feminino não tinha acontecido por acaso, ou seja, alguém havia dito ao tarado para que ele entrasse no banheiro, insinuando que ele não se arrependeria. ― Aquele alguém só poderia ser Joan Wood.

Pode ser uma coincidência se acontecer uma vez. Mas, o fato de ela estar ali quando o segundo incidente estava acontecendo? A expressão de Brendan endureceu.

O homem queria vingança imediata, mas percebeu que Deirdre tremia de frio e não deveria ficar fora nem mais um minuto. Pegando-a em seus braços, eles partiram sob a comoção dos gritos de Minerva. Os funcionários do hotel só se atreveram a resgatá-la depois que Brendan desapareceu de vista. Àquela altura, a jovem já havia garantido pelo menos cinco anos de terapia, devido ao trauma. Tudo o que ela podia fazer era soluçar.

Joan desapareceu no meio da multidão, abalada pela expressão no rosto de Brendan, quando seus olhares se cruzaram.

A preocupação estava praticamente rabiscando todas as feições de Brendan, mas ele teve que endurecer o tom para se adequar ao seu papel.

― Me fale se você se sentir mal, para que possamos pelo menos conseguir um médico o mais rápido possível. A última coisa que quero é que você não esteja com a saúde perfeita quando visitarmos os King, amanhã. Não me envergonhe. ―

― Eu não vou. ― O canto dos lábios de Deirdre se contraiu. ― Sobre o meu telefone... ―

― Vou mandar alguém consertar. Não se preocupe. ―

Ela sentiu seu coração finalmente à vontade.

Uma pontada de melancolia atingiu o peito de Brendan. A única coisa com a qual ela parecia se importar desde que voltou para o quarto era aquele maldito telefone. Era como se todo o seu coração e alma estivessem ali e ela não pudesse viver sem ele.

Kyran era importante para ela, mas... por que ele era tão importante?