Ciclo de Rancor romance Capítulo 651

Deirdre de repente entendeu. Silenciosamente entrou no carro e colocou o cinto de segurança.

Enquanto o carro estava em movimento, Brendan tossia continuamente. Às vezes, era tão intenso que ele parecia estar tossindo até os pulmões.

Mesmo Sam não aguentou e sugeriu:

― Senhor Brighthall, podemos pegar algum remédio na farmácia? ―

― Apenas dirija. ― Brendan deu a resposta mais indiferente. ― Não perca tempo. Temos que voltar o mais rápido possível. ―

Sam não teve escolha a não ser acelerar.

No momento em que chegaram ao aeroporto era hora do embarque. Sam deu a Deirdre uma passagem aérea e disse:

― Fale com os comissários de bordo para que eles a levem à sua cabine de primeira classe. ―

Ela ficaria sozinha? O que Sam queria dizer com aquilo? Deirdre se assustou.

― E vocês dois? Vocês não vão no mesmo avião? ―

― Claro que vamos. ― Sam hesitou, antes de acrescentar: ― É só que a primeira classe tinha apenas um assento disponível e o senhor Brighthall e eu estamos na classe executiva. ―

Deirdre se sentiu estranha, mas não insistiu no assunto. Ela foi até a comissária de bordo e foi conduzida ao seu assento. Depois disso, tirou uma soneca e, ao acordar, sentiu muita sede e chamou a aeromoça. Quando olhou em volta, descobriu que não havia muitas pessoas por perto e percebeu que a desculpa de Sam poderia ser uma mentira. Por isso, quando a aeromoça a atendeu, Deirdre pediu um copo d'água e perguntou:

Além disso, ignorou completamente o pedido de socorro feito a ela quando Brendan estava gravemente doente. Se a porta aberta não tivesse atraído os funcionários do hotel, Brendan poderia ter morrido no quarto, sem que ninguém percebesse.

Deirdre respirou fundo e piscou longamente. Ela queria se desculpar, não por causa de Brendan, mas para o bem dela mesma. Afinal, não tinha sangue frio e não podia ser tão cruel para apenas fingir que nada havia acontecido. Se ignorasse o incidente, ele se tornaria um espinho em seu coração. Por isso, precisava retirá-lo e era tudo o que queria.

Quando Deirdre saiu do avião junto com os outros, depois que o avião pousou, Sam e Brendan já estavam esperando. Ao entrar no carro, Brendan exigiu:

― Vamos até a mansão para buscar os documentos. ―

Sam dirigiu em direção à mansão. Mesmo que Deirdre não pudesse ver nada, seu peito ficava mais apertado quanto mais perto eles chegavam do lugar onde morara com Brendan. Afinal, tanto as memórias boas, quanto as más, estavam correndo em sua mente. Cada lembrança aparecia como uma coisa complicada de lidar e acrescentava um peso no coração da jovem.