Ciclo de Rancor romance Capítulo 72

Charlene disse:

― Não! Por que ele iria me agredir? É só que... ―

Seus olhos estavam vermelhos de lágrimas e ela assumiu uma postura de quem iria reclamar, dizendo:

― Ele atendeu a ligação de uma mulher, depois que saiu comigo ontem. Então, ele me deixou sozinha e não pude deixar de perguntar às pessoas ao seu redor, apenas para descobrir que... ―

Madame Brighthall franziu a testa:

― Descobrir o quê? ―

― Eu descobri que ele tem uma mulher escondida na mansão... ― Charlene explicou apressadamente ― mas, sempre confiei em Bren e sei que ele não é esse tipo de homem. Talvez a mulher seja apenas uma amiga dele, mas é possível que tenha sido apenas uma aventura... Não sei... Eu simplesmente não me sinto muito bem. Não tenho família, então a considero como minha mãe e não pude deixar de lhe dizer. Mas, por favor, não o culpe! ―

Madame Brighthall parecia zangada:

― Isso é verdade? Eu vou chegar ao fundo disso! Se Brendan tiver uma amante, não vou permitir, e o restante dos ancestrais de Brighthall também não serão coniventes! ―

Ao dizer isso, Madame Brighthall providenciou um carro para a mansão, acompanhada por Charlene.

Na frente da mansão de Brendan, Sam conversava ao telefone quando viu um carro estacionando na entrada. Madame Brighthall saiu do veículo, caminhando altiva e Sam não tinha ideia do que fazer.

― Madame ― ele se aproximou de Madame Brighthall ― o que te traz aqui? O Senhor Brighthall foi à empresa e ainda não voltou. ―

― Eu sei. Vou esperar por ele lá dentro ― a mulher disse e começou a caminhar para a entrada.

Mas, sem pensar no que fazia, Sam a impediu.

― M-Madame. Este não é um bom momento! O Senhor Brighthall comprou algumas coleções recentemente e o corredor está todo empoeirado... Posso entrar para limpar o lugar primeiro? Aí a madame pode entrar quando estiver limpo. ―

― De maneira alguma! ― Madame Brighthall, desviou do segurança e entrou, sem rodeios. ―

Sam estava ansioso enquanto caminhava atrás dela. Mas, no instante que pegou o telefone para ligar para Brendan, Charlene estendeu a mão e puxou o aparelho de sua mão. Seus olhares se cruzaram e a expressão de deleite no rosto da mulher causou um arrepio na espinha do segurança.

― Não incomode Brendan. Ele tem um dia agitado no trabalho. Se você o incomodar, terá que assumir a culpa se ele perder um projeto. ―

Sam tinha um sorriso rígido no rosto. 'Essa mulher é realmente astuta. É óbvio que ela está usando Madame Brighthall para lidar com Deirdre.'

Enquanto Madame Brighthall entrava na mansão. Deirdre estava na cozinha, tateando em busca dos ingredientes corretos para preparar uma refeição. Ao ver o corpo jovem e esguio parado, de costas para ela, Madame Brighthall sentiu sua cabeça girar.

Indignada com a audácia de Brendan por fazer algo assim, ela cerrou os dentes e se aproximou:

― Senhorita, quem lhe deu permissão para entrar aqui? Brendan e Charlene estão em um relacionamento, há muitos anos, e todos em Neve sabem disso. Eu me recuso a acreditar que você não sabia. Como você pode arruinar o relacionamento de alguém assim, apesar de sua pouca idade! ―

Deirdre ficou atordoada, por um momento. A voz era tão familiar que ela se virou abruptamente.

Vendo o rosto desfigurado da jovem que se virava, Madame Brighthall levou uma das mãos à boca:

― Você é... ―

Entretanto, assim que baixou os olhos, para evitar encarar o rosto da jovem, Madame Brighthall percebeu as mordidas e chupões no pescoço de Deirdre.

'Não é possível que esta mulher é a amante de Brendan!' pensou.

Apesar de, no hospital, ter sentido simpatia, naquela nova situação, Madame Brighthall apenas ficou furiosa:

― O que devo fazer enquanto você e meu filho mantém essa vida suja? Eu estava certa de que Charlene tinha entendido mal a situação. Acontece que Brendan está realmente mantendo uma amante na mansão! ―

Todo o sangue foi drenado do rosto de Deirdre quando ela ouviu a palavra 'amante', especialmente por ter vindo da Madame Brighthall, a que mais costumava se importar com ela, no passado. Então, a jovem explicou, apressada:

― Não... eu... eu não... ―

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