Ciclo de Rancor romance Capítulo 802

Deirdre olhou para cima.

― Mas, por que Brendan esconderia isso de seu próprio sócio? Você acha que Brendan teria medo de um cara como esse? ―

― Bem... ― Engel vacilou.

Deirdre deu um sorriso.

― Vou cuidar da minha vida. ―

Então, Deirdre girou nos calcanhares e voltou para dentro. A revelação não a fez sentir nada em particular, mas em vez disso, apenas a lembrou de como Brendan era talentoso como ator. Ela quase comprou e acreditou que talvez, no fundo, ele se importasse com ela ou a amasse.

A jovem tinha acabado de entrar em seu quarto, a caminho do banheiro, quando ouviu o som de Engel tentando ligar para Brendan. Mas, a chamada não foi atendida.

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Dois dias tinham se passado quando, sentada no sofá da sala de estar, Deirdre apoiou o lado da cabeça com a palma da mão e perguntou:

― Anna, aquele tal do Jensen voltou? ―

― Como um relógio! Ele vem aqui todo dia, mas pelo menos não tem mais ataques de histeria e, ao saber que o senhor Brighthall não está em casa, fala uns palavrões e vai embora. ― Engel parecia inquieta. ― Na verdade, eu tenho um mau pressentimento sobre essa história toda, Dee. Ele parecia muito instável hoje. Todos os dias ele parece irritado, mas hoje... Deus! Seus olhos estavam vermelhos como beterrabas. Você acha... Você acha que ele pode ter enlouquecido? ―

― Se ele enlouqueceu, a responsabilidade é de Brendan. Não tem nada a ver conosco ― respondeu Deirdre, que fez uma pausa, antes de acrescentar: ― Mas provavelmente devemos ter cuidado extra daqui para frente. Não vamos sair de casa, se pudermos, e não o deixe mais entrar. ―

― Espero não precisar me preocupar com nada disso! ― Anna começou a retirar o prato da mesa de centro da sala. ― O senhor Brighthall disse que voltaria em alguns dias, certo? Hoje é o terceiro dia e ele deve chegar em breve. ―

Deirdre olhou para fora e não disse nada.

Entretanto, anoiteceu e o homem não apareceu. Sem surpresa, Deirdre terminou o jantar e foi direto para o quarto dormir. Àquela altura, o desconforto habitual associado à gravidez havia diminuído o suficiente para que ela pudesse dormir assim que sua cabeça tocasse o travesseiro.

Já estava em um sono leve quando foi despertada pelo som da porta se abrindo e um peso afundou na beira da cama.

Os cílios de Deirdre tremeram. Ela podia sentir os olhos do homem brilhando sobre ela e o peso do corpo pressionando contra ela, antes de beijar seus lábios.

O beijo a despertou de vez e a jovem abriu os olhos abruptamente, sentindo o corpo do homem empurrando contra o dela. Seu rosto ficou pálido, quando exclamou:

― Brendan? ―

O homem respondeu com um beijo egoísta e a jovem bateu em seus ombros com toda a força que pôde. Ela não achava que teria efeito, mas o homem de repente se encolheu um pouco e gemeu.

― O senhor Brighthall está com você? ―

Deirdre assentiu com a cabeça e Sam riu cansadamente.

― Eu sabia. ―

A jovem sentiu uma pontada de pânico inesperado. Brendan não estava nada bem.

― Ele, está desmaiado, ao lado da cama. ―

Sam entrou no quarto e acendeu a luz.

O torso do homem estava coberto com bandagens e seu ombro sangrava. Um semblante pálido e doentio envolvia as belas feições do homem, como um véu de luto.

Deirdre estava parada embaixo da porta, os dedos agarrando a manga.

― Ele está bem? ―