Ciclo de Rancor romance Capítulo 92

― Tudo bem se você não quer se desculpar ― a expressão de Brendan era cruel ― No entanto, espero que você não se arrependa de sua decisão. ―

― Você vai descontar em Sterling, de novo? ― Todo o corpo de Deirdre estava tremendo ― É isso que você pretende fazer?! ―

Brendan não planejava fazer isso, mas ficou furioso por ela ter pensado no médico, em primeiro lugar, então ele disse:

― Sim! Você pode optar por não se desculpar com ela, mas vou garantir que Sterling esteja nas buscas mais populares e desfrute do melhor tratamento que a imprensa de rapina tem a oferecer. Você vai me agradecer, por isso! ―

‘Brendan é impiedoso. Eu sabia que ele iria me chantagear... Foi Charlene quem me bateu primeiro, mas sou forçada a pedir desculpas. Não há injustiça no mundo de Brendan. É apenas um lugar regado pelo favoritismo.’ Deirdre pensou.

Mas, ela já estava acostumada com isso e sabia que tinha situações em que não valia a pena bater o pé, por isso, simplesmente disse:

― Tudo bem, vou me desculpar! ―

Charlene que, curiosa, estava parada na porta. Ouviu a deixa e entrou na sala no momento certo, dizendo:

― Esqueça isso, Bren. Ela ainda é uma paciente aqui, então como eu poderia fazê-la se desculpar? É bom que ela não esteja ferida. Além disso... estou bem. Gostaria até de agradecer Deirdre por me dar a oportunidade de cuidar de você, sozinha. ―

A situação estava melhor antes dela falar, pois o olhar de Brendan ficou mais frio, assim que ela mencionou isso.

O cérebro de Brendan começou a ferver, mais uma vez. Afinal, Deirdre se desculparia com Charlene obedientemente, para proteger Sterling. Mas tinha ignorado Brendan, quando ele estava doente. Sua atitude em relação a Brendan era clara como o dia. Já que ela já era tão cruel com ele, por que ele ainda se preocuparia com ela?

― Ela deve se desculpar por seu erro! ― Brendan comprimiu os lábios finos e olhou para ela ― Talvez ela não saiba mais o seu lugar, então preciso refrescar a memória dela. ―

― Bren... ― Os olhos de Charlene ficaram vermelhos de lágrimas e ela disse com ternura ― você é muito bom para mim... ―

Deirdre estava nauseada com a afeição que sentiam um pelo outro. Ela suportou com grande esforço até que a cena melosa terminasse, então virou o rosto na direção de Charlene e disse:

― Sinto muito, Charlene. Mesmo você sendo sempre tão gentil, eu fui rude e te agredi. Me perdoe, de coração, por tudo o que fiz de errado. ―

― Claro. Por que eu iria me preocupar com esse assunto? ― Charlene deu um passo à frente e segurou a mão de Deirdre, com entusiasmo fingido, colocando tanta força no aperto que as unhas se cravaram nas costas das mãos de Deirdre e ela só afrouxou o aperto quando a mão da rival começou a sangrar.

― Bren, ela parece muito descontente por ter que se desculpar comigo. Acho que seria melhor a gente ir embora, né? Sua mãe vai trazer canja de galinha para você. Então, terei a oportunidade de te alimentar. ―

Charlene passou o braço em volta do braço de Brendan e saiu. Os joelhos de Deirdre se dobraram e ela caiu no chão, os lábios macios tremendo de dor. Sua mão doía.

Foi Sam quem entrou e viu os ferimentos selvagens e espremidos em sua mão. Ele ficou atordoado pensando em quanto aquele ferimento deveria doer. A cada dia que passava, a simpatia de Sam por Deirdre aumentava, por isso, ele correu e a ajudou a levantar, gentilmente, enquanto perguntava:

― Meu Deus! O que aconteceu com sua mão? ―

Deirdre puxou a mão para trás e disse:

― Nada. Está tudo bem. ―

― Como pode estar bem? Sua mão está machucada e sangrando! ― Sam estava confuso ― Quem fez isto? Foi a Senhora McKinney? ―

Parecia uma ferida cortante causada por unhas compridas e Sam sentiu um arrepio percorrer sua espinha 'Como uma mulher que aparenta ser tão gentil pode ser tão sinistra?'

― Vou chamar um médico para você e contar ao Senhor Brighthall! ―

― Não! ― Deirdre rapidamente o segurou, fazendo o ferimento doer ainda mais, fazendo sua mão tremer. Ela respirou fundo e disse ― Peça a alguém para fazer um curativo no ferimento, mas não conte a Brendan. ―

― Por quê? ― Sam ficou intrigado. Era óbvio que ela tinha evidências para provar a culpa de Charlene.

― Não sei... ― Deirdre sorriu e decidiu falar ― Porque ele não vai acreditar em você, Sam. Mesmo que você diga a ele. Ele está com raiva, então só vai pensar que eu fiz isso a mim mesma para difamar Charlene, e me punir novamente. ―

A expressão de Sam era de desagrado, mas era possível que Deirdre estivesse certa.

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