Ciclo de Rancor romance Capítulo 939

Charlene cobriu o rosto e chorou amargamente. Ela era tão boa em chorar em detrimento de sua dignidade que começou a levar algumas pessoas do grupo a duvidar de tudo o que os próprios olhos tinham visto no telão. Mas, Brendan estava prestes a dizer algo quando um dos convidados se destacou do grupo e ameaçou dar um tapa em Charlene, parando o movimento no meio do ar, como se pensasse duas vezes.

― Você está mentindo, sua nojenta, sem consideração! ― o jovem alto e musculoso gritou. ― O que você me sempre me diz quando estamos juntos? Sua descarada, você disse que só estava nisso pelo dinheiro de Brendan. Você me disse que fugiria comigo, assim que conseguisse o dinheiro, mas o que você fez? Você se enfiou em uma orgia com seis homens no dia do seu casamento! Te mataria segurar a onda e não transar com ninguém, por pelo menos um dia!? ―

As mentiras, somadas ao pretenso amante, que surgiu do nada, chocou Charlene. Quando ela finalmente se recuperou e olhou para o desconhecido, ajeitou os cabelos desgrenhados, tentando recuperar a compostura e perguntou, furiosa:

― Quem diabos é você!? Eu nem te conheço! Segurança! Esse louco ameaçou me agredir, sem motivo algum! Tirem esse homem daqui, imediatamente! ―

Enquanto um segurança se aproximava e segurava o braço do rapaz, suas feições ficaram retorcidas.

― Esperem! Soltem meu braço! Não estão vendo que essa vagabunda está mentindo? Tudo bem, Charlize! Você pediu por isso! ―

O rapaz tirou algumas fotografias do bolso e jogou no chão.

― Agora explique para todo mundo que você não me conhece! ― ele rosnou.

Charlene olhou para o chão e viu fotos dela nua. Em uma tirada do ponto de vista do rapaz, ela estava de costas, de quatro na cama, enquanto o homem tinha o quadril nu pressionado contra o corpo dela e segurava os longos cabelos enrolados na mão. A outra era uma selfie em que ela cochilava no peito do rapaz.

A cobra reconheceu o rapaz como um dos homens contratados por seu misterioso algoz. Ele era um dos dez homens com quem teve que transar em um dos encontros. Nem ela, nem o algoz poderiam imaginar que alguém usaria da situação para tirar fotos e obter alguma vantagem.

O rosto de Charlene ficou branco. Então amassou as fotos e as rasgou em pedaços:

― Não! Nenhuma delas é real! Elas são falsas! É tudo fabricado! ―

Seu instinto, porém, contava a todos uma história diferente. Eles começaram a sussurrar entre si.

― Então, ela deu uma festa de orgia em seu casamento e ainda tinha um outro amante, com quem planejava fugir? E então, quando engravidou, disse que a criança era de Brighthall? Oh meu Deus, que vadia sem vergonha! ―

― Pelo amor de Deus! Nunca pensei que conheceria uma mulher tão sem vergonha na minha vida! Agora só me sinto mal por Brighthall. A mulher que ele ama revelou-se uma bela de uma promíscua. Ela nem tem a decência de se comportar durante a celebração do próprio casamento! ―

― Aposto que alguém da imprensa já deve ter ficado sabendo desse escândalo. Cara, como minha vida seria amaldiçoada se essa fosse a mulher por quem eu estava apaixonado! ―