Ciclo de Rancor romance Capítulo 962

‘Reparação’, era o argumento de Brendan. Mas Deirdre não sabia exatamente o que essa palavras a fazia sentir, apenas sentia que parte disso era medo. Estava com medo de que Brendan estivesse começando a conseguir corroer a determinação que tinha em nunca o perdoar.

― A única reparação que quero de você é minha mãe viva e bem. Eu só quero ver minha mãe, saudável e segura, diante dos meus olhos. Não preciso que você faça mais nada... ― Deirdre disse, seus olhos evitando encarar Brendan, mesmo que não o enxergasse bem. ― Se o tiro sair pela culatra para você, não vai me trazer nenhum benefício. Pior, pode até encorajar os conspiradores, e então o retorno de minha mãe será impactado. ―

Os olhos de Brendan brilharam quando ele os fixou nela, seu semblante radiante de antecipação.

― Você está preocupada comigo, Dee? ―

― Não. Por favor, não crie expectativas assim ― Deirdre o interrompeu e se virou. ― Deixei claro que só estou preocupada com você porque você é a única maneira de chegar até minha mãe. ―

Brendan riu baixinho.

Mas a jovem ouviu e finalmente ergueu a cabeça. A expressão no rosto da jovem era confusa e carregada de diversas emoções, como raiva e despeito, quando perguntou:

―Você acha isso engraçado?―

Brendan se inclinou para perto dela e segurou sua mão.

― Eu vou ficar bem. Não se preocupe. ―

― O que você quer dizer? ―

―Eles precisam de provas de que fui cúmplice do crime de Charlene antes de poderem me acusar, certo? Mas todas as evidências foram destruídas. A única coisa que pode me implicar é o testemunho pessoal de Charlene, mas por que ela faria isso? Ele explicou: ― A menos, é claro, que ela queira que sua única tábua de salvação também seja presa. ―

Deirdre estava pasma. Então Charlene não tinha ideia do que Brendan tinha feito. A cobra ainda acreditava que ele iria, e era o único que poderia, salvá-la, então preferia colocar a culpa em si mesma para protegê-lo.

― Então, foi isso que aconteceu... ― Deirdre murmurou para si mesma. ― Você sabia que não corria nenhum perigo real, desde o início, não é? ―