Ciclo de Rancor romance Capítulo 983

Ophelia foi uma mãe solteira que trabalhou arduamente para pagar uma boa escola para filha e proporcionar uma vida confortável. Era uma pena que sua mente tivesse colapsado antes que pudesse desfrutar da maturidade e do conforto material.

Pensando nas infelicidades por que a mãe passara, os olhos de Deirdre se encheram de lágrimas e ela colocou a palma da mão da mulher em sua testa. Então, Ophelia começou a se mexer.

― Mãe! ― Deirdre ficou radiante. ― Você está acordada? ―

Ophelia abriu os olhos e encarou o teto por algum tempo. Logo depois, seu olhar pousou no rosto da jovem, enquanto o foco voltava, gradualmente.

― Dee? ― A voz da mulher estava contaminada com excitação e ansiedade. ― Dee Dee? É você? ―

― Sou eu! Mãe! ―

Deirdre abriu os braços e abraçou a mãe. Por um minuto, mãe e filha desfrutaram de um reencontro caloroso e repleto de emoção.

Quando se recuperaram, Deirdre esfregou os olhos e se sentou. Ela tinha muitas coisas para contar à mãe e muitas perguntas que precisavam ser respondidas.

― Onde você esteve por todo esse tempo, mãe? O que fizeram com você? Além disso, você... Você sabe quem eu sou? ―

Ophelia assentiu freneticamente.

― Tem muitas coisas que não sei responder, filha. Mas, as pessoas que me mantinham em cativeiro queriam informações que, dado meu estado mental, eu não poderia dar. Então, por incrível que pareça, acredite... Eles montaram uma equipe com um psiquiatra, um psicólogo e um terapeuta e eles me trataram intensivamente, por dois anos! Todos os meus traumas, tudo o que me impedia de aceitar a realidade como ela é... Eu superei tudo isso... Eu sinto muito que eu tenha surtado e regredido para um estado infantilizado, por tanto tempo, filha. Mas, estou de volta e sou eu mesma agora. ―

A expressão de Deirdre era ansiosa. Ela nunca imaginou que os sequestradores de sua mãe poderiam ter tratado a mulher tão bem.

― Mas... Você sabe quem são essas pessoas? Você já viu os rostos delas antes? Onde era seu cativeiro? Você tem lembranças de alguma dessas coisas? ―

Ophelia segurou as mãos de Deirdre e respondeu às perguntas, uma a uma.

― Só sei dizer que não eram pessoas de Neve, por causa do sotaque. Mas estou insegura sobre todo o resto. Eu não vi os rostos de ninguém relevante, porque meus olhos eram cobertos toda vez que alguém que eu não deveria reconhecer aparecia para falar comigo. Mas, faxineiras, crianças, médicos... todas as pessoas comuns, conversavam comigo normalmente. ―

― Então você viu os médicos? ― Deirdre perguntou apressadamente: ― Você sabe quem são as pessoas que trataram sua mente? ―

― Sim. ―

― E onde eles estão? Eles ainda devem estar trabalhando, certo? Além disso, são pessoas extremamente capazes, pois puderam curar sua condição! Você sabe os nomes, consegue descrever seus rostos? ―

Ophelia abriu um sorriso amargo e baixou o olhar, com um desânimo que não conseguia esconder.

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