Ciclo de Rancor romance Capítulo 996

‘Charlene está morta? A pessoa que poderia me ajudar a saber quem é meu pai... está morta!?’ Deirdre ficou exasperada, enquanto Shea contava:

― Ninguém sabe dizer exatamente como ela morreu. A diretoria do presídio disse que, como rotina, a cada seis meses fazem a dedetização de todas as celas do presídio, para combater pragas. Ao que indica, Charlene comeu todo o veneno de rato deixado em sua cela. Quando a carcereira abriu para ordenar que ela fosse ao refeitório, já estava morta.

Deirdre agarrou a ponta da manta, preocupada, e mente ficou em branco. 'Como isso aconteceu? Ela simplesmente... morreu assim, tão de repente.'

A jovem acreditava que poderia esperar um pouco mais, antes de arrancar informações dos lábios de Charlene, mas a cobra pareceu ter encontrado uma outra forma de sair da prisão.

― Dona Dee? ―

Deirdre saiu do estupor.

― Você checou? Tem certeza de que ela está mesmo morta? ―

― Sim, não existe chance de estarem mentindo sobre isso. Charlene está mesmo morta. ―

― Que porcaria. ―

A ligação terminou e Deirdre se levantou do sofá, andando de um lado para o outro. Qualquer clareza que tivesse sobre o plano de ação foi substituída por uma confusão genuína. Não que ela não quisesse acreditar, mas era repentino demais para que alguém suspendesse a descrença.

‘Charlene poderia realmente estar tão desesperada para sair da prisão que preferiu morrer? E como diabos escolheram bem esse momento para dedetizar a cela dela!?’ Não importa como Deirdre analisasse a situação, tudo isso cheirava a uma conspiração para calar a boca de Charlene e, quanto mais a jovem pensava nisso, mais frio se acumulava no fundo do estômago. Se isso era uma tentativa de silenciar Charlene, só poderia significar que alguém sabia que a cobra tinha informações sobre seu pai.

‘Mas quem sabe disso? Eu não contei para ninguém...’ Deirdre sabia que não podia deixar aquilo barato, afinal, se não fizesse nada, teria o mesmo fim de Charlene. Por isso, subiu para o quarto, se arrumou para sair e desceu as escadas, correndo.

Engel escutou o barulho dos degraus, interrompeu sua atividade e correu para o hall, comentando com preocupação:

― O que é essa pressa toda, Dee? Por favor, tenha cuidado! Se você errar um degrau vai acabar se espatifando toda! ―

Deirdre estava preocupada demais para ser simpática e sorrir, por isso, respondeu com a voz seca:

― Estou bem, Anna. Mas preciso ir para o hospital. Preciso ver o Brendan! ―

A governanta ficou perplexa, mas acenou com a cabeça e chamou um táxi para Deirdre, que foi levada ao hospital. Enquanto Engel foi visitar Ophelia, a jovem conseguiu o auxílio de uma enfermeira que a levou direto para o quarto de Brendan.

O magnata primeiro ficou feliz com a chegada de sua amada, mas logo em seguida estreitou os olhos, ao reparar no curativo, por fim, ficou preocupado com a expressão agoniada da jovem. Só então, perguntou: