Comprada Pelo Sheik(Completo) romance Capítulo 30

Mayla

A semana passou voando e meu casamento com Mohamed é amanhã não posso acreditar, irei me casar "forçada" com o Mohamed, eu me casar com um príncipe nunca imaginei. Sempre pensei que papai fosse me casar com um velho babão, mais não, a vida me deu um futuro talvez pior. Com o velho babão, ele poderia ter mais de uma esposa e simplesmente eu ser somente mais uma, e com Mohamed eu seria a primeira das muitas esposas. Isso me aterroriza.

No casamento árabe eu como noiva, não dou muito palpite. Já sabem como as coisas funcionam. Eu posso usar de 3 a 7 vestidos, como pede a tradição, vou usar somente 3, um verde e o um branco são obrigatórios, sem muitos decotes e com mangas pois não podemos mostrar os ombros. E como vou me casar com um príncipe, devo seguir a tradição a risca.

Mamãe já me encheu a paciência com essas histórias de vestidos, meu pai, por sua vez disse que não iria dar uma moeda, pois eu não era digna, mais Mohamed e o Sheik arcaram com todas as despesas, A uns dois dias não vejo meu noivo, ele praticamente sumiu, e também não me interessa muito. Estou aflita por que teremos que mostrar ao conselho minha pureza, o Sheik Rajj vem querendo tirar essa tradição, pois ele diz ser retrógrada, mais os conselheiros fazem questão de que a noiva tem que mostrar sua pureza.

Estou no meu quarto, esperando a noite chegar e o grande circo começar, minha vontade é de fugir, mais não tenho dinheiro para tal ato. Ouço batidas em minha porta abro e vejo Helena.

- Oi Mayla, e aí nervosa com o casamento?

- Tô nervosa com situação Helena, não quero me casar desse jeito, forçado com homem que não amo e que some.

- Como assim some?

- Mohamed sumiu a dois dias, não o vejo e casamento é amanhã. Amanhã assinamos papéis, contrato – ela mostrou as mãos - Segundo dia minhas convidadas, pintam minhas mãos, e quero que você pinte mão de Mayla. Não tenho amigas e quero você na cerimônia. Helena vai? Sempre trabalho ou fechada em casa então sem amigas.

- Claro Mayla, será um prazer. Você se tornou minha amiga e saiba que gosto muito de você do fundo do meu coração – peguei em suas mãos - Pena que em alguns dias eu vou embora e não nos veremos mais.

- Helena leva Mayla com você, e Mayla viver no Brasil com Helena.

- Você não quer se casar? Eu pensei que você queria.

- Mayla não quer casamento, mais se Mayla ficar no Shariff depois de ficar de lençol na rua depois do atentado, Mayla rechaçada e pessoas vão tratar mal Mayla, única solução é casamento.

- Mayla se pudesse te levava mesmo pro Brasil, no começo você ia estranhar mais depois iria amar – ela olhou com olhos de piedade - O problema é que nem eu sei quando vou embora, tudo depende de Rajj, e como ele é imprevisível – ela sorriu - Mais vamos falar do casamento, como vai ser?

- Primeiro dia assina papel, como se Mayla fosse vendida, segundo dia amigas fazem desenhos nas mãos, com tinta que noivo e família trás, terceiro dia festa sozinha homem e mulher. Mais família de noivo e noiva separados.

- Que banzé que vira isso Mayla, povo estranho esses de vocês – ela sorriu - Lá no sitio quando alguém casa é festa e música pra todo lado, vem os parentes pra casa da gente, vira aquela zona. Mais sai um casamento top.

- O que ser banzé?

- Lá na minha cidade banzé é quando vira uma bagunça – ela riu de mim novamente - Mayla você é comédia vou sentir sua falta.

- Helena levar Mayla pra Brasil, e deixar Mohamed aqui na diversão, nem ligar de Mayla ir pra Brasil.

- Sei não Mayla, ele manda cortar nossas cabeças – riu e fez um sinal na altura do pescoço - fiquei conversando com Helena e com medo do dia que estava por vir.

Hoje era o dia de assinar os papeis, mamãe e umas mulheres vieram me arrumar, meu cabelo e minha maquiagem. Ela disse que papai estava se fazendo de difícil, mais estava radiante porque a filha se casaria com o príncipe Mohamed. Já eu estava com um sorriso falso.

Mohamed continuava desaparecido. No acampamento ele sempre me beijava, e ficava atrás de mim e depois do casamento ele sumiu, ontem a noite depois que ela se foi Mohamed chegou em meu quarto, entrou e fechou a porta com chave, fiquei assustada, e ele veio pra cima de mim me beijou e eu burra me entreguei naquele beijo, as mãos dele começaram a passar em corpo, ele puxou meu cabelo enquanto me beijava, eu estava prestes a me entregar, entregar minha pureza, estava tão absorta naquelas sensações até então desconhecidas que somente ele tinha me feito sentir, mais depois de um tempo, Mohamed me deixou, sozinha em meu quarto saiu e bateu a porta com força.

Esse homem não bate bem só pode. Entra com um furacão, faz um tsunami, me deixa tremendo como um terremoto, e sai como um tornado. Estou me arrumando, essas mulheres que estão em meu quarto estão eufóricas pessoas que minha mãe trouxe para ver a futura princesa. Uma falsa princesa minha vontade era de ir embora com Helena pro Brasil, ser livre, ter meu trabalho, minhas coisas com meu suor.

Às vezes pensamos que ter dinheiro é ter felicidade, meu pai não tem o dinheiro de Mohamed, mais nunca nos deixou faltar nada, mas a liberdade nos é negada. Sempre cobertas por roupas e lenços, sempre usando jóias sempre sendo a esposa e a filha perfeita e sendo criada para ser a esposa perfeita. Isso cansa quero ser independente e livre. Casando-me com um príncipe, que não me ama serei uma mulher prisioneira, parideira e infeliz. Porque o que Mohamed espera é o seu herdeiro, depois serei descartada, terei fortuna da qual não poderei usar fora dos muros do palácio.

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Estou pronta, como não estou na casa de papai, toda minha família veio para o palácio, e estou eu aqui, olhando pela janela, vendo pessoas chegando para o casamento, em uma sala separada, primeiro os homens discutem sobre o acordo, e depois eu sou a última a assinar. Na sala e as pessoas festejam do lado de fora da sala, onde meu pai e Mohamed está. Há muitas pessoas, num canto vejo Helena e Matt, ela cruza os dedos, acho que é assim que se deseja sorte no Brasil.

Entro na sala com a cabeça baixa, O Sheik, meus pais e alguns conselheiros estão na sala, e meu noivo Mohamed. Ele parece bravo, me olha com uns olhos que não sei decifrar, papai deve ter tentado se dar bem, o Sheik também parece nervoso. Num casamento normal o noivo ganha presentes da família da noiva, ele sai beneficiado, mais no meu caso papai deve ter feito alguma chantagem, se bem o conheço. Eu chego perto de papai, e ele me olha com desprezo, posso imaginar que ele está pensando. "A inútil no fim me deu lucros".

Assino os papéis da minha união com Mohamed.

- Enfim princesa, luz dos meus dias – Papai diz alto para que todos escutem.

- Agora já casou sua filha, não precisa de falsidades - Rajj diz a meu pai.

Mohamed vem próximo a mim e diz.

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