Comprada Pelo Sheik(Completo) romance Capítulo 43

Enquanto os carros percorriam a estrada e a ansiedade me consumia. Passar pela usina de cana de açúcar, e ver as velhas paredes lá, saber que o carro luxuoso da Sophie ia me trazer essa reviravolta em minha vida. Hoje carrego no ventre um filho de um Sheik maluco e que tem um príncipe no mesmo carro, vários seguranças que são do Kalil e a Mary que se tornou uma amiga da outra avó postiça do meu bebê. Se me dissessem isso a uns meses atrás eu não acreditaria.

Sei que não dizer ao Rajj sobre o bebê não é certo, mas seria ele saber ou a minha liberdade. Kalil e seus advogados estão lutando para que o contrato seja desfeito, mas Rajj está lutando contra. Meus pais podem perder o sítio, e eu estou triste com isso. Conheci pessoas muito boas nesse mundo na qual não pertenço e pessoas más também, que fizeram mal a família de Rajj. Mais hoje quero ser feliz, quero ver meus pais e meu irmão. Quando abro a porteira do sítio dos meus pais sinto um alívio tão grande, avisto um helicóptero ali parado no terreiro onde são secos os grãos de café, que ainda deixamos do jeito que meus bisavós faziam.

- Matt, será que Rajj está aqui?

- Ele não me disse nada, mas sabe como Rajj é.

Meus pais vieram correndo coitados eu não avisei que viria, nem mesmo para Pedro meu irmão, eles vem até as escadas minha mãe com um pano de prato limpando as mãos, certamente estava fazendo coisas gostosas na cozinha, meu pai todo sujo provavelmente estava na roça cuidando das plantações.

- Esses são os meus pais.

Papai vem meio desconfiado, eles usaram carros de luxo para vir pra cá, o pessoal da cidade olharam curiosos quando os carros passaram, seria o assunto do dia. Matt desceu primeiro, e abriu a porta de trás para que eu descesse.

- Mãe... pai... - e corri pra abraçá-los - Como vocês estão?

- Filha que saudades, você sumiu, todos nós estávamos preocupados - ela olhou pro pessoal - Quem e esse povão tudo com você?

Fiz as apresentações, disse a eles que Kalil era um príncipe e minha mãe brigou comigo porque não a avisei para poder arrumar a casa ´´Imagine um príncipe na minha casa e você nem avisa" palavras de minha mãe. Mary achou tudo maravilhoso, se deu muito bem com mamãe que já levou ela pra cozinha. Estava perto do horário de almoço, e ela teria que colocar muito mais água no feijão, porque estávamos em vinte pessoas. Coitada.

Colocamos mesas embaixo das árvores e o almoço seria servido, e Kalil estava achando aquilo tudo muito diferente do que ele já tinha vivido. Mary seguiu as instruções da minha mãe para ajudar a fazer a comida, eu ajudei também, porém fiquei muito enjoada e minha mãe me olhou com uma cara de que enjôos são essa menina? Eu me fiz de boba, e quando piorava eu saía e deixava as duas lá. Parecia uma festa. Comer a comidinha caseira da minha mãe era tudo que eu queria.

Quando vi meu irmão chegar, até me esqueci de perguntar de quem era aquele helicóptero no quintal, e com a euforia de nossa chegada. Então meu irmão surge, com a moça loira ao seu lado.

- Eu não acredito, alguém pode me explicar? – eu digo sem entender.

- A noiva do seu irmão – diz mamãe.

- Como assim noiva? Eu saio por um tempo e volto com meu irmão noivo? – eu abraço a mulher em minha frente - Sophie.

- Helena, que saudades você sumiu tentei falar com você - ela falou olhando para o Matt - Não me deixaram falar com você - Ela olhou para Kalil e Mary - Ah não acredito que vocês estão no Brasil, que saudades de vocês, não estou entendendo nada - disse Sophie.

- E você o que tava fazendo com meu irmão?- eu questionei.

- Querida, somos cunhadas agora. Pedro e eu vamos nos casar – e bateu palminhas.

- E aí sumida não quis falar com nois enquanto tava trabalhando lá prós exterior isso que é irmã desnaturada.

- Eu estava ... Ocupada – e mudei o assunto - E que história é essa de cunhada e casamento Pedro.

- Essa loira aí que gamou no seu irmãozinho aqui e invocou que quer casar comigo - me mostrando aliança - me pediu até em casamento acredita.

- Sophie você o pediu em casamento - falei abismada.

- Claro, acha que deixaria ele escapar com essas mulheres dessa cidade dando em cima, tratei de amarrar ele na aliança - Sophie falou rindo da cara do meu irmão.

- Meu Deus.

- Vem meu filho e Sophie almoçar se não a comida esfria - Disse minha mãe rindo da minha cara de espanto.

Eles foram almoçar, Sophie conhecia Kalil e Mary também, já que o pai dela também tinha negócios com eles. Comemos as sobremesas de minha mãe, doce de leite, doce de abóbora, doce de mamão e pudim de leite tudo feito em casa. Eu fui descansar a pedido de Matt e Kalil. Estava realmente cansada, não tinha dormido bem e fui para meu quarto, que sensação boa estar em casa.

O jantar, foi quase a mesma loucura do almoço, hoje passamos o dia descansando. Pedro e Sophie, quem diria, vão se casar. Matt e Kalil revisaram as cláusulas do contrato e uma delas seria a guarda para Rajj caso houvesse uma gravidez, e fiquei mais apavorada ainda. Eu não sei o que pensar de Rajj se realmente gosta de mim ou se é obsessão, e quando a obsessão acabar eu seria descartada ou seria apenas mãe do filho dele naquele palácio enorme e viveria presa ali a vida toda. Talvez eu seja imprudente, mas entre o duvidoso é melhor ficar longe dele até resolver tudo sobre o contrato.

Os quatro carros SUV, entraram na pequena cidade e as pessoas olhavam como se fossemos extraterrestres, o falatório seria geral.

Fomos na pracinha da igreja e minha mãe aproveitou para levar uns quitutes para o Padre João, que nos recebeu muito bem. Fomos ao mercadinho comprar mais umas coisas pra casa já que estávamos com visitas que comiam bem e precisávamos de mantimentos.

E quando entramos, uma moça esbarrou em Kalil, suas sacolas caíram no chão e ele a ajudou se abaixando para pegar aqueles poucos mantimentos que estavam na sacola.

- Camila, é você mesmo? – perguntei a moça.

- Helena sou eu sim, quanto tempo – ela me disse olhando para o chão.

Camila era uma moça morena, muito bonita, seus cabelos eram lisos e pretinhos como a noite. Ela morava somente com o pai, quando estávamos na escola me lembro que sua havia falecido precocemente. Ela sempre foi popular na escola, não éramos muito amigas, mas com a morte de sua mãe nos aproximamos, ela sempre chorava no canto, e as amigas mais populares a abandonaram. Às vezes conversava com ela na hora do intervalo me davam pena, por ter que passar por isso tão novinha. Seu pai tinha um comércio na cidade, dono da farmácia, então em pouco tempo ele tinha se casado novamente, foi uma falatório na cidade, diziam que a nova esposa era uma mulher da vida e muito ambiciosa, uma vez Camila me confidenciou que a madrasta a tratava muito mal. Chegou até mesmo bater em seu rosto. Mas o nosso período escolar passou e Camila que era a garota popular acabou se distanciando das pessoas. Quase não falava com ninguém.

E no próximo ano Camila não voltou pra escola. O povo dizia que a madrasta, não a deixava ir pra escola e nem sair de casa, uma vez até a procurei em sua casa, mas a madrasta disse pra mim que ela não queria falar com ninguém e não era pra procurar mais a garota e que estava incomodando. Agora a moça continuava muito bonita, mas estava com o semblante cansado, muito magra e parecia ter medo de conversar comigo, sempre olhando para os lados parecia que alguém a observava.

- Camila, posso falar com você?

- Helena, agora não posso eu preciso voltar pra casa. Mais posso te procurar?

- Claro, sempre pode contar comigo. Você está realmente bem? – fiquei preocupada com a moça.

- Não depois nos falamos ou ele irá me ver.

- Ele quem?

- Na missa no domingo, estarei lá.

- Tudo bem, vou te encontrar.

E ela se foi, essa não era a mesma moça da escola que eu conhecia, ela estava acuada. O que será que aconteceu com ela. A moça do caixa me disse que o pai de Camila havia falecido há algum tempo, e eu realmente não sabia, e que depois que o pai havia faleceu um homem morava com ela e com a madrasta e que diziam que era filho da mulher. E que Camila sofria com abusos do rapaz, mas ninguém poderia provar, pois não haviam provas.

Será que realmente acontece isso com ela? Fiquei muito preocupada e Kalil que ouviu a conversa perguntou onde era casa da moça e que mandaria um dos homens ficar de olho e investigar pra ver se realmente acontecia isso. Eu certamente iria à missa no domingo, fiquei muito preocupada com a minha amiga, imagine se isso for realmente verdade. Coitadinha.

Para o meu dia ficar ainda melhor, uma caminhonete, que conhecia bem, estacionou em frente ao mercado. Voltar para casa era magnífico, mas também trazia meus fantasmas. E adivinhem Carlos meu ex-namorado, chegou com seu ar de riqueza, até senti pena do Carlos que se achava rico porque o pai era dono dos mercados da cidade. E Kalil um príncipe árabe que tinha uma riqueza incalculável ali do meu lado preocupado com uma moça que ele nem conhecia e queria ajudar.

- Helena, que prazer em ver você de novo.

- Carlos – foi somente o que eu disse.

Ele olhou à minha volta e viu Kalil e os seguranças, que estavam na porta do mercado nos esperando.

- Quem é esse povo do lado de fora? Alguma quadrilha quer nos assaltar? Você viu que andam fazendo assaltos a banco na região temos que ficar atentos.

- Você pode ficar tranquilo, são os meus seguranças e não uma quadrilha como você disse - Kalil o respondeu.

- E pra que um pé rapado que nem você lá quer segurança? - Carlos falou desfazendo de Kalil, que usava uma bermuda e chinelos.

- Talvez Carlos porque o pé rapado aqui do meu lado, é um príncipe e precisa de seguranças, por isso os armários aí fora - foi a vez do Matt responder e dar uma piscadela.

- Só se for príncipe de meia pataca, e o esse aí quem é Helena? Esses seus amigos são uma figura, que mané príncipe.

- Carlos, lhe apresento príncipe Kalil Al’ Sabbah, filho de um Sheik Alkdy Al’ Sabbah, conhece Dulbaíu? Então Kalil e um dos "donos" de Dulbaíu - Eu disse com raiva desse idiota.

- Ah, tá bom Helena, e eu sou o dono de praticamente a cidade toda – riu - Vou lá acreditar nessas coisas não. E Helena, se você quiser jantar comigo lá no restaurante da dona Neide hoje à noite.

- Não - sai deixando Carlos falando sozinho.

Algumas coisas e pessoas nunca mudam. Terminamos nossas compras e deixamos Carlos lá, falando sozinho, enchemos dois carrinhos, muitas das coisas que Kalil e Matt procuraram não tinha, eles iam pedir para os seguranças irem até a cidade maior para comprar. Íamos ficar somente três dias mais com o pedido de Camila, ficaríamos até domingo ou até mesmo resolver o problema dela se realmente fosse verdade não podíamos simplesmente fechar os olhos como a cidade toda fez e seguir nossas vidas. Vou ajudar minha amiga.

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