Comprada Pelo Sheik(Completo) romance Capítulo 60

RAJJ

Estava a horas naquela masmorra amarrado, mesmo com meu treinamento militar eu estava esgotando as minhas forças, de ficar com os braços pra cima a tanto tempo. Dayene ficou ali o tempo todo me dizendo coisas idiotas, se ela fosse homem já teria lhe dado uns ponta pés nela. Gosto de bater, de leve, na hora do sexo, mas não pra machucar. Mais hoje estou quase perdendo a paciência. Alguém bate na porta e ela a abre e o homem diz que esta tudo pronto.

- Meu amor, agora seremos somente nos dois - pegou algo sobre a mesa dentro de uma maleta eu não pude ver por ela estar de costas para mim - Hoje o nosso futuro começa meu amor - me beija e eu viro o rosto - Seja bonzinho meu amor, pois eu estou sendo com você deixando aquela prostituta viver por causa dos seus filhos, que assim que ela parir vou mandar buscá-los, seremos nós cinco, mandarei matar ela e Rahiej que é só uma peça do meu plano e voltaremos para Shariff, e eu serei a primeira dama - diz com um sorriso no rosto - talvez eu queira um filho, tentei na Grécia mais não consegui engravidar, mais agora que a prostituta vai nos dar três filhos, não preciso estragar meu corpo, posso cuidar deles.

- Você é maluca, pare de chamar minha mulher de prostituta, se fizer alguma coisa pra ela eu mato você.

- Pare com esse sentimentalismo, você nunca amou ninguém, sempre foi de usar e jogar fora as mulheres, mais agora tenho você em minhas mãos, posso mandar matar seus filhos junto com a prostituta agora mesmo. Sabe que tenho Rahiej em meu poder e ele faz tudo que eu mando, o pobre coitado acha que deve alguma coisa para mim e papai, mais ele sempre foi uma peça xadrez que movimentávamos como queríamos.

- Você é uma maluca psicopata.

- Não fale assim meu amor, me ofende, só quero você e ser a sua mulher, primeira dama de Shariff ter o tão sonhado poder e acabar com quem ousar passar em minha frente - ela sorri - Aquele idiota do seu irmão, também irá morrer junto com a prostituta, talvez eu mate até Mohamed e a sonsa da mulher dele, quero somente nos dois governado Shariff, papai está radiante com a idéia de ser o sogro do Sheik, e ter o poder que tanto desejou todos esses anos e eu posso ter você meu amor e ser uma rainha aclamada pelo povo.

- Você quer matar Rahiej e Mohammed? – fico indginado.

- Rahiej - ela para em minha frente - é só uma cópia sua, que usei para chegar até aqui, muito bom de cama por sinal, mais não fique com ciúmes você ainda é melhor - beija minha boca novamente - como já consegui você, vou só esperar a sua vaca parir e dar fim nos dois ou prendê-los em algum lugar para que você fique comigo e não se rebele. E agora nós vamos a nossas férias até os meus bebês nascerem. Ela levanta a mão, e sinto uma picada em meu pescoço e a escuridão vem devagar.

Nossa primeira parada foi uma casa na Europa, onde fiquei trancado e continuava amarrado a maluca e o pai sempre estavam por ali, ameaçando a todos da minha família. Perdi a noção do tempo naquele quarto, estava mais magro, sujo e toda noite eu chorava com saudades de todos e pensava em Helena e isso me destruía.

Um mês depois

O barulho em minha cabeça faz parecer que tem uma britadeira furando meus miolos. Olho ao lado, vejo Dayene, meus olhos ainda estão se acostumando com a claridade e doem. Forço para olhar o porquê de tanto barulho. Os bancos brancos em couro estamos em um helicóptero, olho na janela e constato uma visão azul, estamos sobre o mar.

- Pra onde estamos indo? - digo baixo ainda pelo efeito dos remédios que me deram - Dayene...

- Estamos quase chegando meu amor, na nossa nova vida somente eu e você - Ela passada mão no meu rosto.

Um silêncio se instaura dentro do helicóptero. Eu ainda estou grogue pelos calmantes, mais algo está errado na aeronave, escuto barulhos de apitos, luzes vermelhas no painel de controle.

- O que está acontecendo piloto? - ela pergunta.

- Eu não sei, estou tentando estabilizar senhora.

- Seu incompetente, não verificou tudo.

- Verifiquei senhora, talvez seja pane elétrica ou alguém sabotou o helicóptero.

- Tente nos tirar dessa situação seu incompetente, não quero morrer.

- Dayene cale a boca deixe ele tentar estabilizar as coisas ou vamos morrem - Eu digo a maluca da Dayene.

E por ironia do destino, os motores param e uma pequena explosão abro a porta quando do Helicóptero enquanto o mesmo perde altura, a queda dele é certa. E meu instinto e apenas pular de lá antes que ele realmente caia na água. Tento trazer Dayene junto comigo, mais o cinto dela não se solta, vejo o desespero em seus olhos. Tento ajudá-la, mesmo depois de tudo que ela causando em minha vida, mais o cinto não se abre. Ela olha em meus olhos em desespero. Os pilotos já caíram na água. Estamos eu e ela.

- Vá Rajj – ela não chora - Vá ou você não vai conseguir.

- Tenho que tirar você daqui.

- Somente vá logo ou irá morrer. Sai daqui logo vai. Vai - seu grito ecoou em tantos barulhos e emoções que estavam ali naquele momento. E me empurrou para fora.

Cai na água azul do mar, estava gelado, senti o impacto, meu corpo afundou, afundou. Mais consegui voltar á superfície, cansado e com meu corpo dolorido e pesado por conta dos remédios que Dayeneme deu, por quanto tempo aguentaria ficar ali naquele mar gelado.

Agarro a um pedaço do helicóptero, que se quebrou com o impacto que teve na água, fico ali boiando por horas, a hipotermia faz que eu fique desacordado. Não sei quanto tempo fiquei ali boiando sobre aquele pedaço de lata, com as ondas me levando sem rumo. A esperança tinha morrido ali, sem ninguém saber onde eu estava, saber que não veria meus filhos nascerem e crescerem. Não ver mais Helena. Eu iria morrer, nem mesmo todo dinheiro que eu tinha foi capaz de me tirar dali. Então chorei e esperei a morte chegar.

DAYENE

Tudo estava como tinha planejado, primeiro usaria Rahiej, ele me ajudaria, eu daria um fim na vagabunda da Helena, mataria Rahiej e talvez até poupasse Mohamed e a sonsa da mulher dele. Pegaria os pirralhos do Rajj, mandaria pra um colégio interno e ficaria com ele só pra mim. E com o poder que ele me proporcionária. Ter todos de Shariff aos meus pés.

Papai quer ter o poder eu o tiraria das encrencas que ele se meteu, e eu reinaria linda e plena. Claro que colocaria homens de minha confiança para cuidar dos pirralhos. Só aquela vaca parideira pra ter três crianças de uma vez, deve estar toda cheia de estrias, não quero isso pra mim. Nunca quis.

Vou deixar as crianças com meus homens caso Rajj faça alguma gracinha não exitarei em matá-los. Quase aquele Matthew encontra Rajj na masmorra, foi por pouco, mais um dos meus homens o despistou. Enquanto colocamos Rajj no carro, olho na piscina interna do palácio, vejo a tal moça amiga da Helena gritando pelo vidro, outra pra torrar minha paciência. Mais consegui com êxito tirá-lo de lá.

Agora estou aqui com Rajj dentro do Helicóptero rumo a minha nova vida, ao meu novo destino. Ele dorme tão tranquilo. Sei que talvez não me acostume com a vida em uma ilha. Mais estando com Rajj, tudo fica tolerável. Ele se mexe e logo vai despertando, ele não aceita estar aqui comigo, ele não enxerga que é o melhor pra ele, que fomos feitos um para o outro, e que deve ficar ao meu lado, que sou capaz de tudo para ter esse homem.

Muitas coisas acontecem, Rajj e o piloto gritando, um barulho, eu gritava com o idiota do piloto, imbecis. Será que alguém fez alguma coisa para sabotar o helicóptero? Quem será capaz? Começamos a perder altura, Rajj se solta, mais eu não... O meu sinto está travado, não consigo me soltar, os pilotos já pularam á algum tempo, e ele ainda está aqui comigo. São segundos que parecem uma eternidade.

- Somente vá logo ou irá morrer. Sai daqui logo vai. Vai - seu grito ecoou em tantos barulhos e emoções que estavam ali naquele momento. E eu o empurro. E ele se vai.

A vida passou na frente dos meus olhos. Cada cena. Cada encontro com Rajj. Cada sorriso dele. Cada noite de amor que tivemos. E tudo que fiz por ele, eu queria poder sim, mais queria o Rajj para mim. Podia ter segurado ele aqui comigo, para ser como Romeu e Julieta. Morrermos juntos. Mais não posso ver o homem que tanto amei morrer.

O impacto com a água faz meu corpo doer, devo ter quebrado algum osso. Mais sentir as águas do oceano entrando em minhas narinas e enchendo meus pulmões. Escorregando dentro de mim me sufocando.

Eu sou Dayene. Eu sou uma mulher que ama demais. Como tantas outras por aí, que vivi a vida do meu amado, hoje proferi a minha morte á morte dele. Se é errado? Sei que é.

Sou apenas uma mulher que amou demais.

Cada uma de nós fazemos nossas próprias escolhas, gostaria de ser livre, viver minha vida, me libertar de tudo isso, parar de mentir, de manipular, passar por humilhações.

Mais sou uma fraca, se tivesse sido uma mulher forte não estaria aqui com água adentrando em meus pulmões me sufocando. Teria seguido meu caminho, teria conhecido alguém, me apaixonado, teria mudado a minha história. Mais meu amor e minha obsessão pelo homem que eu amo me deixou cega, sem amigos que realmente gostassem de mim. A família que pude ter não tive, a felicidade que pude ter buscado não busquei, fui manipulada e me manipulei esperando ser feliz com o homem que eu amava.

Eu fui fraca, uma mulher fraca que quis viver assim e hoje estou pagando o meu preço. Ou mudamos nossas atitudes ou pagamos o preço por ela.

Adeus Rajj.

E então o som das águas não é mais ouvido.

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