Comprada Pelo Sheik(Completo) romance Capítulo 61

Vanessa

Depois da noite trágica com Rahiej, pensando bem, séria hipócrita se dissesse que foi trágica, a noite prazerosa, por assim dizer, ele me deixou presa nessa maldita tenda, aquele idiota, e estou proibida de fazer qualquer outra coisa fora dessa merda de tenda. Ao tentar sair, digamos que discuti com o guarda e que eu não entendia nada que ele dizia e ele não entendia nada, mais nadinha o que eu dizia.

Então a cena seguinte, foi cômica, eu tentando correr, ele correndo atrás de mim, claro ele me alcançou me jogou nós ombros e me levou até a tenda do Rahiej novamente. Disse algumas palavras, o coitado estava vermelho, pois o sol já estava de rachar mamona como dizia minha avó e eu também era um pouco culpada, pois digamos que meu corpo não era tão magro assim, estava um pouco acima do peso. E eu fiquei ali, pensando em como sair dali ou como acabar com a raça do Rahiej, me deixar trancada sem ver a Helena isso só pode ser brincadeira. Preciso sair daqui.

Fiquei deitada na cama do Rahiej, depois de um longo banho, pois minhas opções de ócio eram grandes, fazer nada versus nada para fazer. Adormeci ali, num sono tão profundo. O sonho começou a se formar em minha mente, mãos grandes, passando em minhas pernas, arrepiando-me, as mãos passavam por elas e subiam em direção a cintura, mais pararam em um lugar tão prazeroso de meu corpo, as grandes mãos as abriram deixando uma de cada lado, eu senti algo molhado passando em meu botão de feminilidade, os movimentos certos, cada pincelada que eu levava com a língua me fazia soltar um gemido, gemidos esses que me trouxeram do sonho tão bom para a realidade.

Cabelos escuros foi o que eu via, o susto de ver Rahiej ali no meio das minhas pernas, tentei sair dali mais sem chance, ele me segurou, tentei lutar, mais em vão, ele me penetrou e sussurrou em meu ouvido...

- Preciso de você.

E me deixei levar pelo homem lindo e másculo sobre mim, até atingir o prazer mais delicioso de minha vida.

Já era madrugada, eu tinha dormido o dia todo e Rahiej tinha sumido me deixando sozinha. Depois do nosso sexo, fomos pro banho, ele sentou na banheira e sentei de costas pra ele, e ficamos ali em silêncio, no mais absoluto silêncio. Foi bom sentir um Rahiej vulnerável, saber que ele também tem seu ponto fraco.

Depois do banho nos jantamos, também em silêncio e nos deitamos desta vez não teve sexo, mais eu tive um homem que precisava do meu carinho, de ser tocado e de um homem que precisava saber que ele não estava sozinho. Depois de um tempo ali deitados no silêncio e na escuridão.

- Rahiej, eu vou ver a Helena amanhã, ela está perto de ter os bebês, não quero ficar longe dela, temo por ela acabar ficando depressiva e fazer alguma bobagem.

- Eu vou deixar você ir, com a condição de não fugir - depois de um suspiro - Essas crianças precisam ficar bem, e se você sair com ela daqui nesse deserto seria a morte certa pra vocês, você tem noção disso?

- Bom primeiro eu nem tenho que prometer nada a você, porque estamos aqui seqüestradas – repeti - sequestradas ouviu - me sentei na cama e dei de dedo na cara dele - Segundo você não tem direito algum sobre mim meu querido, terceiro você me trancou aqui nesta tenda horrível, o dia todo...

- Quarto você é minha mulher agora e deve me obedecer – sua voz saiu séria e grossa, me deu até medo.

- Sua mulher você está louco, só pode.

- Aqui no meu país, quando um homem dorme com uma mulher essa mulher passa a ser dele – ele era um dominador nato.

- Pode tirar seu cavalo da chuva, meu bem, eu não sou do seu país não faço parte da sua cultura, sou brasileira e livre - dei de dedo na cara dele - ouviu bem né, não tenho nada com você temos apenas um lance, só sexo entendeu.

- Lance? O que é isso? Não entendo o que vocês brasileiros falam.

- Sim um lance, sexo e depois cada um pro seu lado - ele se levantou da cama nu, colocou suas e antes de sair da tenda disse - Saiba que você agora está em Shariff, quem manda no país e em você sou eu, então você vai me obedecer e se quiser ver a Helena ou até mesmo a luz do sol deve haver obediência a mim. Saiba que nunca mais sairá de Shariff sem minha autorização, entendeu - veio até mim segurou em meu rosto com as duas mãos como forma de assustar e saiu da tenda.

- Você é um idiota Rahiej - Eu gritei em plenos pulmões – Mais se ele está pensando que vai me dominar está muito enganado, já tenho meu plano em mente e você vai se ajoelhar no chão que eu passar.

RAHIEJ

Essa Vanessa está me tirando do sério, se ela acha que vai embora, coitada está enganada. Agora ela é minha. Um dos meus homens vem até mim, é o meu homem de confiança, nunca sei o que se passa em sua cabeça, pois sua expressão é sempre a mesma, acho que nos parecemos muito, homens calejados pela vida.

- Rahiej, recebi um telefonema e a situação não é nada boa - seu olhar se abaixa olhando seus próprios pés.

Alex ficou quieto, abaixou sua cabeça e vi o mesmo medo que se passou em meus olhos nos dele. Não querer meu irmão comandando Shariff era um propósito meu, sei que sou idiota e doentio, me deixando levar por Dayene e pelo maluco de seu pai, que informado por meus homens de confiança, está querendo tomar a cidade a todo custo e preciso dar um fim nesse homem mal que só quer poder e claramente não vou deixar, pois a morte daquele doente será em praça publica. Preciso procurar por meu irmão, muitas vezes o medo da morte de alguém próximo nos mostra o quanto a falta dessa pessoa faria e nos abala.

- Alex, preciso da sua ajuda de verdade, cuidando de Helena e de Vanessa que passou a ser importante em minha vida, se alguém souber da localização do acampamento preciso que junto com meu homem de confiança levem-nas para longe daqui, ele saberá o que fazer.

- Vá e encontre Rajj e o traga de volta, sou leal a Helena e a ele e darei minha vida por ela e os bebês e cuidarei de Vanessa, pois sei da importância dela a Helena.

- Gostaria de sua descrição com elas, não sabemos ao certo se o encontrarei com vida, a notícia - o estresse já estava me deixando irritado com medo - Alex deixarei uns homens de confiança por perto para ajudá-los.

- Podiamos voltar ao palácio lá é mais seguro que ficar aqui.

- Eu consegui invadir a fortaleza de meu irmão, lá não é seguro, mais caso vocês estiverem em perigo, e não tiver outra alternativa estão autorizados a entrar no palácio, não se esqueça que meus homens estão por toda parte.

- Certo - ele pegou em meu ombro e deu um leve aperto - Vá e traga meu amigo com vida vou cuidar bem delas.

Sai da tenda onde Alex estava e segui para a minha, onde minha mulher enfurecida se encontrava. Peguei uma mala e joguei algumas roupas dentro.

- Vai fugir seu covarde e vai me deixar aqui presa nessa merda de tenda - não a olhei - Me responde seu idiota.

Fui até ela e ela não queria meu carinho, mais mesmo assim depositei um beijo em sua testa, os olhos cheio de luz me fez querer viver nessa luminosidade que ela exalava e sair da minha escuridão, quis gravar seu rosto delicado e sua boca afiada na minha memória, eu quero viver minha vida ao lado dessa maluca e muita coisa mudaria em vida. Disso eu tinha total certeza. Vanessa me trouxe a vida de volta.

Os dias foram passando e as buscas não resultaram em muita coisa, não tinha a localização exata do acidente, ilhas foram vasculhadas mas sem sucesso. A esperança ia se desfazendo a cada hora que passava. Homens cansados de mergulharem, de entrarem em ilhas não habitadas, isso estava tirando nossas forças e nossa esperança. O helicóptero foi encontrado e Dayene estava presa ao cinto, seu corpo sem vida foi trazido à superfície, fiz uma oração e pedi a Alá por ela, a mulher determinada a ter o amor de meu irmão que fez de tudo para tê-lo acabou num fim trágico. Rajj continuava desaparecido. Meus homens achavam que Rajj pudesse ter conseguido sair do helicóptero mas ficar a deriva tantos dias teria o deixado fragilizado e em poucos dias estaria morto. Mas meu coração queria acreditar. Mas depois de tanto tempo, as buscas acabaram. Eu deveria voltar a Shariff e decretar a morte de meu irmão. E enfim tomar o lugar que eu tanto quis e almejei. Porém a felicidade que eu achei que teria não veio.