Confundindo um empresário com um cafetão romance Capítulo 1462

Na calada da noite, a paz e o silêncio retornaram a Soledouro.

O local estava bem decorado para o momento tão aguardado, e havia um inconfundível aroma de felicidade no ar.

As empregadas já estavam na cama, pois precisavam acordar cedo para a cerimônia de casamento na manhã seguinte.

Quanto aos seguranças, estavam assumindo seus postos conforme o planejado.

Luciana e Morgana levaram as trigêmeas adormecidas de volta para Baltimar. Relutantemente, Carla se despediu de Zacarias:

“Amor, estou indo embora agora.”

Zacarias a olhou amorosamente:

“Vá então. Nos veremos novamente amanhã de manhã. São apenas algumas horas.”

“Mas não quero me separar de você agora”, ela apertou os braços em volta da cintura dele.

De alguma forma, um inexplicável sentimento de medo surgiu dentro dela, como se tivesse uma premonição de que uma tragédia aconteceria.

“Então não vá até lá. Apenas passe a noite aqui”, ele acariciou os longos cabelos desalinhados dela enquanto a acalmava.

Carla corou ao rejeitar a sugestão dele:

“De jeito nenhum! Ainda precisamos seguir o costume. Terá que me buscar em Baltimar amanhã de manhã!”

Zacarias deu uma gargalhada e a provocou:

“Já estamos vivendo juntos como uma família mesmo. Não precisa passar por tanto trabalho!”

“Ei!”, Carla deu um soco leve no peito dele.

Beliscando carinhosamente a bochecha dela, ele apontou para as trigêmeas nos braços de Luciana e Morgana e disse:

“É melhor ir agora. As três já estão dormindo. Está ficando mais frio à noite, então elas podem pegar um resfriado se ficar aqui por mais tempo.”

“Tudo bem. Vou agora”, Carla o abraçou novamente antes de se afastar dele relutantemente.

Quando ela se virou para procurar Rúbens, Jaime e Aline, Ana disse que eles já tinham ido para a cama. Assim, Carla não teve escolha senão partir sem eles. Afinal, Zacarias iria para Baltimar na manhã seguinte, e eles se reuniriam novamente.

Quando Zacarias os acompanhou até a saída, lembrou Marcílio e Caio para manterem a guarda alta em Baltimar.

Bruno cerrou os punhos, se desprezando por não poder ajudar em nada.

“Bruno”, chamou Zacarias debilmente.

“Estou aqui, Sr. Pereira”, ele se aproximou imediatamente e se ajoelhou ao lado da cama de Zacarias, aguardando suas instruções.

“Leve seus homens para… proteger… Baltimar… Não podemos permitir que ocorra um acidente novamente…”, Zacarias estava claramente enfraquecendo, mas ainda estava reunindo forças para dar a Bruno um comando.

“Sim, Sr. Pereira. Vou levá-los agora”, Bruno assentiu respeitosamente.

Ele sabia muito bem que Carla ficou arrasada quando a cerimônia de casamento foi arruinada dois anos atrás e entendia que Zacarias estava extra vigilante porque não queria que ela experimentasse a dor novamente.

Zacarias ansiava por proporcionar a Carla um casamento perfeito antes de partir desta vida. Portanto, instruiu Bruno a levar a maioria dos subordinados para protegê-la em Baltimar.

“Pode ir. Estarei aqui”, Breno se aproximou e se agachou ao lado da cama de Zacarias, pronto para ouvir suas instruções. “Sr. Pereira, tem mais alguma ordem?”

Zacarias estava muito fraco, mas ainda estava cheio de preocupação. “Envie seus homens para protegerem João e Ramalho… Eles são os guardiões do Grupo Pereira. Se algo acontecer com eles… Carla e as crianças ficarão desprotegidas…”

“Entendi, Sr. Pereira. Não se preocupe. Já organizei para Caio, Caile e os outros irem para lá. Já está tudo preparado.”