Confundindo um empresário com um cafetão romance Capítulo 650

Zacarias arrumou cuidadosamente o cabelo de Carla e limpou as manchas de sangue em suas bochechas. A visão de seu vestido de noiva manchado de sangue causou-lhe uma tristeza angustiante.

Carla estava em um sono profundo. Parecia livre da dor do veneno.

Zacarias acariciou a bochecha dela com um toque terno e passou o polegar sobre seus lábios enquanto a observava com um olhar cheio de saudade.

Eu a amo. Desejo a Carla nada além de felicidade e paz.

Ele havia enfrentado inúmeras adversidades para poder se casar com Carla.

No entanto, de repente, seu caminho foi bloqueado novamente. Parecia que sua insistência mataria inúmeras pessoas, incluindo ela.

Isso o forçou a interromper seu progresso e procurar outro caminho.

Toc, toc! De repente, alguém bateu na porta. A voz de Ramalho ecoou:

“Sr. Zacarias, estamos entrando.”

À medida que a porta se abria, Ramalho empurrava Henrique, que estava em sua cadeira de rodas, para dentro do quarto. Dezenas de seguranças de elite da família Pereira os seguiam, mantendo Zélia como prisioneira.

“Você tomou sua decisão?”, indagou Henrique friamente.

Sem dizer nada, Zacarias tirou seu paletó e cobriu o corpo de Carla.

“Ainda não consegue suportar se separar dela?”, Henrique olhou para a inconsciente Carla e declarou: “Se isso se prolongar, ela morrerá antes mesmo de eu agir!”

Ao ouvir suas palavras, Zacarias se mexeu. Virando-se, encarou Zélia ameaçadoramente.

“Entregue o antídoto.”

“Quem você pensa que é?”, Zélia zombou. “Quando seu pai estava vivo, não ousava falar comigo assim.”

Sem aviso, o punho de Zacarias bateu na mesa de café.

Crash!

Fragmentos de vidro voaram para todos os lados.

Todos ficaram surpresos, incluindo Zélia.

Pegando uma faca da mesa, Zacarias a pressionou no pescoço de Zélia.

Zélia explodiu em risos animados:

“Pai, pensei que nunca me amou. Aparentemente, estava errada.”

“Chega de inventar uma desculpa”, Henrique disse e estendeu a mão. “Me dê o antídoto.”

“Por que quer salvar essa mulher?”, Zélia estava atônita. “A mãe dela foi quem matou Arílson e Beatriz!”

“Eu disse, me dê o antídoto. Não me faça repetir”, a voz de Henrique ficou severa.

“Por que sempre o defende?”, Zélia estava chateada. “Ele bateu no Cristiano e atacou minha empresa de propósito. Você não o puniu e ainda me pede para dar o antídoto para salvar a filha do inimigo?”

“Me dê o antídoto. Pedirei a ele que pare de atacar sua empresa e transfira cinco por cento das ações do Grupo Pereira para Cristiano”, ofereceu Henrique. “Isso serve?”

Zélia ficou brevemente surpresa, mas logo recuperou a compostura. Sorrindo, respondeu:

“Pai, deveria ter dito isso antes. Afinal, somos uma família.”

Com isso, tirou uma pequena garrafa do bolso e entregou-a a Henrique.