Confundindo um empresário com um cafetão romance Capítulo 71

Amanda conseguiu discretamente que Carla se sentasse entre Luana e ela. Embora demonstrassem ser uma família feliz e confiável, na realidade, a armação era para prender Carla entre eles para que não pudesse escapar.

Quando estavam finalmente sentados, uma das tias, tia Lucélia, virou-se para Carla e sorriu enquanto a examinava. “Não te vejo há anos! Parece muito mais madura agora, Carla.”

“Da última vez que a vimos, parecia uma adolescente e agora é uma mulher!” Outra tia, a Gertrudes, adicionou propositalmente. “Amanda, o que estava dizendo sobre os filhos de Carla? Quer dizer que agora ela já está casada e possui filhos?”

“Sim, ela já tem três filhos. O tempo passou muito rápido, não foi? Estamos todos ficando velhos.” Amanda riu estridentemente e continuou: “Carla, por que não trouxe seus filhos hoje?”

Desta vez, Carla não a interrompeu. Em vez disso, permitiu que sua tia terminasse de dizer o que queria dizer.

Desde o momento em que Luana esbarrou com ela e seu filho no jardim de infância no outro dia, Carla sabia que seu segredo havia sido revelado. A notícia de seu filho teria se espalhado como fogo entre os Brancos e os Ribeiros.

Amanda era uma mulher muito fofoqueira, então, a tia mais velha, com certeza, contou para as outras tias muitas mentiras sobre Carla para manchar sua reputação.

Carla tinha certeza de que Amanda a convidara esta noite para zombar dela. Esta última provavelmente queria envergonhá-la na frente de Heitor para ele terminar seu relacionamento para sempre…

“Nossa…”

Todos na mesa ficaram extremamente atordoados. Fazia quatro anos desde a última vez que viram Carla, e ela havia retornado com crianças — três delas!

Alguns tios começaram a franzir a testa. Suas expressões estavam sérias, e seus olhares, enquanto observavam Carla, parecia ser bastante acusatórios.

Tia Lucélia perguntou animadamente: “Carla, quando você se casou? Nós nem sabíamos!”

“Quantos anos têm seus filhos?” Tia Gertrudes perguntou. “O que seu marido faz para viver? Por que ele não está aqui com você?”

Amanda e Luana olharam para Carla e sorriram, parecendo estarem fazendo uma careta.

As duas esperaram alegremente por sua resposta. Como Carla ia dizer a todos que ela ficara com um gigolô da Boate Noite Sensual e agora tinha três de seus filhos?

Depois de uma pausa longa, a mulher finalmente falou: “Isso é problema meu. Não imagino que vocês acreditem ter o direito de saber, certo?”

Imediatamente, toda a sala ficou em silêncio chocada. Ninguém esperava que ela respondesse as suas perguntas assim.

Um dos tios rosnou com raiva para ela: “É claro que temos o direito de saber! Somos seus anciãos! Não temos o direito de perguntar sobre sua situação conjugal?”

“Olha como você está hesitando. Engravidou fora do casamento?” Perguntou outro tio. “Quem é o pai de seus filhos?”

“Por que não está dizendo nada?” Os outros adicionaram ansiosamente: “Ficou com um homem casado e deu à luz seus filhos ilegítimos?”

“Haha!” Uma de suas tias caiu na gargalhada ao lado dele. “Um homem casado já é o melhor cenário. Seria muito pior se ela nem soubesse quem é o pai.”

“Como pôde ter feito algo tão terrível? Você trouxe apenas constrangimento para todos nós!” Um tio ficou tão zangado que bateu na mesa e saiu da sala.

“Carla, isso é simplesmente absurdo”, disse tia Gertrudes, irritada. “Quatro anos atrás, você fez algo tão ultrajante que, de tanta raiva, seu pai se jogou do prédio e cometeu suicídio. Pensamos que pararia de se envergonhar depois disso, mas você só mudou para pior!”

“Exatamente! Como seus anciãos, não podemos mais tolerar tal comportamento…” Tia Lucélia deu um suspiro e continuou: “Se seu pai — que Deus abençoe sua alma — soubesse como está se comportando agora, rolaria em seu túmulo.”

Algumas das tias de Carla juntaram as cabeças e começaram a sussurrar em voz alta: “Ela costumava ser tão obediente quando criança. O que aconteceu com ela? Deve ter sido possuída pelo diabo.”

Considerando tudo que fez, seu mau comportamento provavelmente decorre do fato de que ela não teve uma mãe para guiá-la quando era jovem. Dê uma olhada em Luana — ela nunca se comportaria como Carla…”

“Exatamente! Luana é uma moça tão inocente. Ela se casou como uma pessoa normal e teve os filhos de seu marido. Quanto a Carla, no entanto…”

Ao ouvir isso, um sorriso de satisfação apareceu no rosto de Luana.

“Oh, Lucélia, minha querida, não deve dizer isso!” Amanda exclamou, sendo o mais humilde possível. “Controlei Luana desde que era criança. Carla, a coitadinha, perdeu sua mãe quando era muito jovem. É por isso que ela perdeu o seu rumo agora. Como seus anciãos, devemos fazer o melhor que pudermos para educá-la…”

Carla não aguentava mais. “Já falaram o suficiente?”