Crise no Casamento! Primeiro amor, Fique Longe romance Capítulo 84

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Na reunião de colegas, não queria ser muito chamativa.

Levantei-me e fui me arrumar. Escolhi uma blusa branca de estilo retrô, com pequenas flores bordadas delicadamente ao redor da gola e dos punhos com fio de seda. Para combinar, vesti uma calça pantalona azul-clara feita do mesmo tecido.

Optei por brincos pequenos e discretos, além de uma fina corrente de platina para adornar levemente meu pescoço vazio.

Fiquei em frente ao espelho, observando-me atentamente. A aparência estava bem cuidada, mas sem parecer extravagante. Fiquei satisfeita.

Antes de sair, liguei para Nelson para saber se havia algum avanço sobre o ocorrido.

Juan não podia mais me ajudar com a comunicação, então teria que depender apenas de mim, até mesmo enfrentar Gisele diretamente.

Ainda assim, queria uma resposta para mim mesma. Mesmo que a atitude destemida de Sra. Karina fosse clara, e todas as evidências apontassem que a única pessoa que poderia ser responsabilizada seria Wilma.

O celular tocou algumas vezes e, de repente, foi desligado. Quando tentei novamente, estava fora de área.

Nelson provavelmente estava ocupado, então deixei para lá. Peguei minha bolsa e saí.

Peguei um táxi para o endereço do jantar que Luz havia me enviado. Estava prestes a ligar para ela para perguntar em qual sala estávamos, quando ouvi alguém gritar meu nome em voz alta:

— Ana Oliveira!

Aquela voz, ao mesmo tempo estranha e familiar, me fez parar por um momento. Olhei para trás e vi alguns rapazes acenando para mim da entrada do saguão.

Todos vestiam ternos formais, como advogados.

Estavam um pouco distantes, então não consegui reconhecer seus rostos, o que me deixou ainda mais confusa.

Foi quando Luz os empurrou ao lado e saiu correndo de trás deles, gritando em voz alta:

— Miguel, você está atrapalhando!

Ao ouvir esse nome, foi como se eu despertasse de um sonho. Fiquei tão animada que quase bati nas próprias pernas, caminhando rapidamente em direção a eles.

Eles também vieram ao meu encontro.

— Chefe!

Eu estava emocionada. Pela primeira vez, senti um arrependimento por ter faltado às reuniões de colegas nos últimos quatro anos.

Havia poucas pessoas na nossa turma de direito, e ainda menos mulheres. Se houvesse apenas duas, com certeza seriam as mais populares da turma. Sem surpresas, esse era o nosso caso, o meu e o de Luz.

Depois de nos abraçarmos calorosamente e trocarmos perguntas sobre a vida, percebi que todos estavam vestidos para o trabalho, inclusive Luz, que também usava roupas profissionais. Não pareciam de forma alguma prontos para uma reunião de ex-colegas.

Estava prestes a perguntar sobre isso, mas Luz, como se tivesse lido meus pensamentos, falou:

— Vamos subir rápido, todo mundo está te esperando.

Miguel também assentiu, dizendo:

— Todos da turma vieram!

Os antigos colegas foram extremamente calorosos, como se o meu silêncio nesses últimos anos não tivesse afetado nossa amizade. A refeição foi cheia de emoção para mim, aconchegante e tranquila.

Depois, fomos para um bar. Luz acabou ficando bêbada e, em um canto, me puxou para perto, chorando de forma desesperada.

— Ana, os nossos colegas são ótimas pessoas. Se você precisar de ajuda, vá até eles. Há advogados de Cidade J, de Cidade B, de Cidade Q e até de Cidade W. Sabe por que eles estão todos de terno hoje? Eles querem te mostrar que, onde quer que você vá no país, tem alguém do seu lado. Não tenha medo!