De Secretária a Mamãe romance Capítulo 24

POR Sophia Carson.

Minha curta estadia no pronto atendimento da ilha me proporcionara um desvio brusco de minha rotina e desde o momento em que acordei passei a estranhar o fato do bebê não chorar no horário, assim como eu não ter de levantar para preparar sua mamadeira ou trocar sua fralda.

Me peguei pensando quanto tempo mais demorariamos a chegar na casa dos Sangu e ainda desconfiava que meu pequeno não tivesse comido bem, já que seu comportamento ante mamadeira era muito bem conhecido.

Um percurso curto de aparentes cinco minutos de carro, este se tornando um eternidade para mim, que ansiosamente precisava segurar Seth em meus braços.

Creio que neste ponto, Samuel começara a notar e segurou minha apertando-a de leve vez o outra me lembrando de me acalmar.

Quando ao final chegamos à mansão principal na ilha, minha pressa era tanta para vê-lo que em algum momento esqueci como se destrancava a trava do cinto de segurança.

— Soph, calma. — Pediu, me fazendo o olhar nos olhos.

Assenti, puxando um pouco de ar que me faltava e deixando que ele retirasse meu cinto de segurança.

Quando achei que poderia correr para dentro e encontrá-lo, foi rapidamente interceptada e ao mesmo tempo retirada do chão.

— Não preciso ser carregada.

— Você precisa se esforçar o mínimo possível, não quer ficar internada, quer? — A pergunta me soou mais como uma ameaça, o quê me fez aceitar a condição.

De cara já estávamos à porta, sendo recebidos pelos Sangü, exceto pelos recém-casados que estavam em lua de mel.

A família era grande mesmo assim, Salih Sangü possuía outros quatro filhos mais velhos, e Dafne era a única mulher e a caçula também. Já poderia adivinhar que a mesma nunca teve de se esforçar para nada. Não era do tipo que julgava, mas tinha tomado para mim as dificuldades e o cansaço extra que Samuel encontrava por ela.

— Sejam bem vindos. — A Sra. Sangü nos atendia. — Por favor entrem, já preparamos um quarto para vocês.

— Obrigada, mas não queremos incomodar mais, só viemos pegar Seth e agradecer. — Expliquei, vasculhando rapidamente a sala em busca do meu bebê.

Carregada por Samuel, sentia-me envergonhada e incapaz.

Desde muito tempo não dependia de ninguém pra nada, de repente não ter controle de meu corpo, me marcava pela impotência. O pior de tudo, eram os olhares preocupados e penosos, diferentemente do que percebi em Zeynep Sangü.

— E então? Quantos meses? — Ela perguntou em meu ouvido.

Samuel me havia deixado sentada na sala para tomar um momento com ela, pois diante da insistência do Sr. Salih, devíamos ficar pelo menos para o almoço.

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