POR sophia Carson.
Os raios de sol invadindo a janela do quarto, me faziam pensar que devia ter sido um delírio a tempestade da qual me lembrava. Agora não mais se ouvia os rangidos assustadores, nem tão pouco a ventania que tanto me atormentou, além disso a minha frente, Seth tinha as mãozinhas revirando minha blusa e procurando pelo mesmo da vez anterior.
Sorri, era deveras muito fofo aquela coisa tão pequena dependendo de mim e se bem via, o mesmo desprezava a chupeta e se esforçava para chegar ao "pote de ouro" ao fim do arco-íris que era minha camisola.
— Não bastou ver que daquela vez não tinha? — Questionei o pequeno abaixando minha blusa e rindo.
Talvez mostrando a ele que realmente não havia nada ali, deixasse de puxar minha blusa.
Depois de deixá-lo sugar por alguns instantes e perceber que ele continuava a fazê-lo mesmo sem nada saindo, recolhi o seio e peguei a mamadeira, a qual Samuel devia ter preparado pela noite. O ofereci, mas o bebê travava uma luta incansável contra o bico e já começava a dar indícios de quem abriria um berreiro sem precedentes.
Atrás de mim, estava Samuel, dormindo de verdade pela primeira vez naquela semana. Tinha consciência que pela demanda no trabalho e por me cuidar nas últimas horas que estive doente, ele acabou acumulando muito cansaço. Além disso, estávamos na casa dos Sangü como convidados, se Seth começasse a chorar tão cedo pela manhã, atrapalharia o sono de todos.
O beicinho estava lá, a cara dele demonstrando estar magoado com minha recusa em lhe dar meu peito, mas eu tinha medo que se o desse outra vez, o bebê acabaria pegando o hábito. Também pensei em que não haviam dúvidas de que era filho de Samuel Heughan, assim como o pai, ele havia ganho a guerra.
Então dessa vez subi um pouco a blusa, expondo o seio esquerdo e deixando que Seth se aninhasse em meus braços. O garoto mais do que depressa agarrou meu seio, começando a sugar como se dali realmente saísse algo.
Acariciando seus fios de cabelos, tão negros e lisos como os do pai, Seth adormeceu mamando, assim como eu adormeci em seguida.
— Ei... ei... — Uma voz feminina me chamava do profundo sono.
Estremeci um pouco sentindo um ar gelado selando minha pele e abro vagarosamente os olhos.
Focando a vista, Zeynep Sangü estava a minha frente, mais precisamente do meu lado.
— Desculpa te acordar, mas seu marido me disse para lhe dar este remédio sem atrasar o horário. — A mulher falava e eu demorei um pouco até compreender.
Estava prestes a sentar-me na cama, quando percebi que Seth ainda dormia junto a mim, "mamando".
— Oh, me desculpe. — Digo já procurando a forma de estar apresentável.
A senhora ri, como se minha desculpa fosse desnecessária.
— Não tem problema, fui mãe de cinco, um atrás do outro. Mal saia um do peito, e já tinha outros dois pra mamar. Sei como é acordar e dormir amamentando. — A senhora dizia, como se compartilhássemos da mesma experiência.
Não devia fazer muito tempo desde que Samuel saiu, pois pela intensidade do sol percebia fazer pouco menos de uma hora e meia que havia voltado a dormir.
— Fique a vontade, se recoste na cabeceira e continue, não quero atrapalhar.
— Obrigada. — Me inclinei de lado, para tomar o comprimido com um pouco d'água. — Onde está Samuel?
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: De Secretária a Mamãe
Eu AMEI ❤️...