POR Sophia Carson.
Como combinado, participamos de uma consulta em uma clínica muito bem recomendada em nutrição infantil. Essa em específico contava com uma especialista em amamentação, quem me apresentou todo o tema da lactação induzida e nos daria o apoio necessário para que eu pudesse começar a amamentar o bebê sem problemas.
Mesmo com as novidades do dia e o constante apoio de Samuel, minha cabeça ainda pesava ao pensar em minha irmã, com quem eu não havia conseguido falar.
Passear no shopping. Em qualquer outro momento de minha vida que eu me imaginasse passando o dia assim pareceria bobagem e superficialidade, mas não agora, não com eles.
Samuel não quis me levar para casa, para que eu esquecesse a angústia de não poder conversar com Lanna.
A princípio não conseguia parar de pensar nos problemas, não só com Lanna, mas tudo em geral. Afinal de contas, o CEO havia deixado de ir ao trabalho para passar mais tempo de compras comigo e o filho.
— Está pensando nos problemas de novo? — Samuel me resgatava de mim mesma.
— Não, claro que não. — Digo disfarçando com um gole do suco.
— Está mentindo.
— Como sabe?
— Nega duas vezes quando mente. — Ele responde e quase cuspo a bebida.
— Certo, acho que não devemos mais passar tantas horas juntos. — Falo em tom de zombaria.
Naquele momento também percebi que na realidade, as coisas funcionavam por uma via. Eu mal o conhecia além do quê ele havia me dito na madrugada anterior, não sabia nada além de coisas comuns sobre ele.
Estava prestes a interrogá-lo, mas recebo uma notificação no celular deixando em último plano a questão.
"Segue abaixo anexo com os resultados do teste de paternidade". Entreguei o celular para Samuel lhe mostrando a mensagem, seguida de um documento em PDF.
— É melhor que você abra. — Disse o deixando a sós com o aparelho, retirando-me.
Levantei-me da cadeira e caminhei até Seth, quem dormia no carrinho ao lado da nossa mesa. Andei com ele até o aquário do outro lado do corredor do shopping e passei a olhar as variedades de peixe com admiração.
No carrinho, o bebê acorda depois de uma criança ter passado atrás de nós chorando e eu o pego no colo. Enquanto o acalmo, o lhe dando o peito, penso como será quando eu puder alimentá-lo de verdade, mas inevitavelmente meus pensamentos retornam curiosos para saber como Samuel se comportara depois de ver os resultados do DNA.
Eu não os tinha lido, mas já imaginava que o teste comprovaria sua paternidade. Ele e Seth eram tão parecidos que me parecia impossível acreditar que o bebê foi deixado em sua porta por coincidência.
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