POR Samuel Heughan.
Pude finalmente respirar quando Sophia cruzou a porta.
— Por que demorou tanto. — Senti a necessidade de abraçá-la e assim o fiz. — Você está tão gelada.
— Sam...
— Fala.
— Pode me abraçar mais forte? — Ela pediu com seus olhos marejados.
Recolhi seu corpo pegando-a no colo e em assentimento ela afundou a cabeça entre meu pescoço e ombro enquanto a carreguei para o quarto. Nos deitamos na cama com seus braços recolhidos e as mãos se aquecendo entre suas pernas.
— Precisa mesmo se aquecer. — Disse, esfregando suas costas.
— Acho que não estou tremendo de frio, eu só… eu não sei. — Suspirou pesadamente.
— Tudo bem, se não consegue falar. Então acho que talvez eu deva começar.
Deitar-me de costas, encarando o teto e buscando de onde dar início ao que eu queria dividir, mas nunca tive coragem de fazê-lo.
— Eu nunca contei isso a alguém antes, mas algumas coisas podem acontecer e quero que você tome cuidado. — Virei a cabeça de lado, notando que ela se concentrava em mim e ao menos não tremia mais. — Minha mãe é alguém que procura conseguir tudo o que quer e na maioria das vezes seus métodos são radicais.
Lembrando-me de minha infância, contei sobre Sammy, ou Samantha Heughan, minha minha meia irmã.
— Você já me havia mencionado ela antes, mas não me achei no direito de perguntar. — Admitiu, colocando ainda mais atenção em mim.
— Quando minha mãe foi morar com meu pai, minha irmã tinha apenas doze anos e estava passando pela adolescência. Sammy sempre foi insegura e depois de eu nascer tornou-se suicida. — Me interrompi um pouco lembrando de algumas tentativas, o que me fez estremecer. — Apesar de tudo ela sempre foi legal comigo, mas então em meu aniversário de nove anos, ela teve outro surto. Meu pai, querendo a "educar" bateu tanto em sammy, que…
— Sam. — Sophia pegou minha mão, em sinal de apoio. — Não tem que me contar tudo… senão quiser.
— Não, eu realmente quero. — Tomei fôlego, porque precisava colocar pra fora. — Sammy ficou dias em sair de seu quarto. — Recomecei. — Então quando ela saiu, quis se jogar da sacada do terceiro andar da casa e minha mãe não tentou ajudá-la, apenas me segurou para que eu não fosse junto.
— Ela realmente pulou?
— Pulou de cabeça e morreu de hemorragia interna. — Expliquei, lembrando-me de vê-la sufocar em seu próprio sangue antes de deixar de respirar.
— Sam, eu sinto muito. — Seus braços me abraçaram e agora com Sophia um pouco mais acima na cabeceira, encostei minha cabeça sobre seu ventre.
Era primeira vez que eu confortado, nunca tive isso por parte dos meus pais, os que sempre disseram para engolir o choro.
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