POR Samuel Heughan.
Era preciso uma boa explicação, e creio de ambos lados, mas Sophia não tinha palavras e Lanna não estava disposta a dar satisfação também.
— Se conhecem? — Minha mãe faz a pergunta, deixando o ambiente mais hostil.
Eu, quem tinha passado os últimos dias ao lado de Sophia, sabia das inúmeras vezes em que ela tentou entrar em contato com a irmã. Agora Lanna lhe dirigia a palavra, mas com certeza não eram as que Sophia queria ouvir.
— Sra. Amélia, se me permite, gostaria de ficar a sós com minha irmã. — Sophia pediu, interrompendo a amamentação de Seth e o entregando para mim.
A contra gosto, saímos eu, Seth, Victor e minha mãe, deixando as irmãs a sós para conversar.
Nos sentamos na sala, enquanto que minha mãe subiu as escadas para o segundo andar, me deixando livre para interrogar Victor.
— O quê faz aqui?
— A tia me chamou e encontrei Lanna perto daqui, então... — Victor respondia de forma neutra, sem deixar aparentar estar escondendo qualquer coisa.
Talvez fosse mesmo coincidência, nos tempos atuais, qualquer pessoa pode conhecer outra.
Não perguntei nada mais, pois me preocupava com quê as coisas entre Sophia e a irmã piorassem e para não acontecer, seria melhor manter os ouvidos atentos.
Antes mesmo de começar a prestar real atenção, Lanna irrompeu na sala de estar.
— Isso é culpa sua... — Lanna disse frente a Victor, logo depois de deferi-lo um tapa.
O estalo fez com que Seth se assustasse em meu colo e também trouxe Sophia para a sala.
— O quê houve? — Sophia chegava pouco depois do ocorrido.
— Estou voltando para a Europa na próxima semana, apague meu número e faça o favor de não encher minha caixa postal. — Lanna se pronunciou de forma ríspida para com a irmã.
— Não me deixou sequer falar e já está indo embora? — Sophia a questionou com algumas lágrimas prestes a tombar de seus olhos. — Ótimo, vá. Não tenho porquê segurá-la. — Terminou de dizer limpando a primeira das lágrimas que escorrera, como se suprimindo o choro.
— Pode guardar estas lágrimas para mais tarde maninha, vai precisar. — A mais velha das Carson se retirou, dizendo as palavras como se fossem uma promessa a Sophia.
Olhei para Victor, tentando entender o quê exatamente ocorria, mas sua expressão era de assombro e medo. Como se os movimentos de Lanna fossem o entregar.
Então feito um cachorrinho, meu primo a seguiu até a saída e nos minutos que se seguiram, não voltou.
— Sam... — Sophia chamou pouco antes de suas pernas falharem.
A peguei nos braços e subi com a pequena mulher amolecida em meu colo.
A deixei na cama e gritei no corredor para que alguém estivesse cuidando de Seth no andar de baixo.
Agora ela precisaria de minha atenção, e eu me dedicaria em dá-la.
Algum tempo havia se passado. Sophia não derramou nem mesmo uma única lágrima, mas seu pequeno corpo demorou a parar de tremer e seus olhos focavam longe como se presa as memórias do ocorrido a pouco.
Não soube como confortá-la exatamente, e apenas me resignei a aceitar que todos tínhamos tempo diferentes para processar.
Talvez Sophia só estivesse passando pelo tempo dela.
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