De Volta para o Amor Perdido? Que Bobagem! romance Capítulo 472

Leandro Ferreira ficou paralisado. Ele levantou o lençol, mas a cama estava vazia. Virou-se bruscamente, saiu do quarto, trazendo consigo uma rajada de vento frio cortante.

Do lado de fora, o segurança enviado por Glauber Ferreira estava de guarda.

Leandro Ferreira agarrou o colarinho do segurança, sem cerimônia.

“Onde está meu estetoscópio? Quem mandou você mexer no meu estetoscópio?”

O segurança, surpreso, segurou o pulso de Leandro Ferreira com desagrado. “Senhor Leandro, por favor, acalme-se. Não faço ideia do que está falando.”

Os olhos de Leandro faiscaram de raiva. Ele, ofegante, insistiu: “O estetoscópio que eu deixei debaixo do travesseiro. Quem mexeu nele?”

O segurança pensou por um instante. “Hoje de manhã, vi o pequeno Eduardo brincando com um estetoscópio. Não sei de onde ele tirou aquilo.”

Os olhos de Leandro se estreitaram repentinamente: Dudu entrou no quarto dele e pegou seu estetoscópio?

Aquele moleque! Ele que me aguarde!

Leandro Ferreira virou-se e saiu apressado.

Dudu, vestindo uma bata cinza de noviço, estava cercado por devotos que vinham ao templo para acender incenso.

Nesses dias, ele fora designado para limpar o salão principal do Templo da Boa Vontade e, por conta da sua aparência adorável, acabou virando uma pequena celebridade.

Havia pessoas que tiravam fotos com ele, outras gravavam vídeos e ainda postavam na internet.

A hashtag #EncontreiONoviçoMaisFofoDaInternet já havia alcançado milhões de buscas nas redes sociais.

Durante o tempo em que Leandro Ferreira buscava equilíbrio no Templo da Boa Vontade, ele só tinha três horas diárias para tratar de assuntos do trabalho. Quando acessava a internet, estava sempre ocupado, o que fez com que ele nem soubesse do sucesso de Dudu online. Até mesmo o vídeo curtido por mais de cem mil pessoas, enviado pelo secretário, passou despercebido por ele.

“Eduardo Ferreira!”

Leandro Ferreira chamou em voz baixa, sua entonação sombria assustou Dudu.

Dudu virou-se e viu Leandro Ferreira vindo em sua direção, com uma expressão nada amigável.

“Papai...”

Ele respondeu de maneira hesitante. Não sabia o que tinha feito de errado, mas sentiu um mau pressentimento.

“Que homem bonito!”

“Noviço, você o chamou de papai? Ele é seu pai?”

Dudu então gritou: “Aquele estetoscópio estava quebrado, então eu joguei fora!”

“O quê?” Leandro quase explodiu.

Sua voz ficou ainda mais severa: “Onde você jogou o estetoscópio?”

Dudu percebeu que havia cometido um erro. Mordeu os lábios, sem coragem: “No lixo.”

Os olhos de Leandro pareciam em chamas.

Seu próprio filho havia jogado fora o estetoscópio que ele tanto prezava. Uma fúria cresceu dentro do peito de Leandro.

“Em qual lixeira?”

Dudu levou Leandro até a lixeira onde jogara o estetoscópio.

“Foi nessa lixeira aqui.”

Antes que Dudu terminasse de falar, Leandro já havia virado a lixeira, despejando todo o conteúdo no chão.