Deixe O Canalha, Abraçando Meu Novo Marido romance Capítulo 147

A decisão rápida era que podia terminar completamente com Lúcio.

Esperava que Alonzo fosse a lâmina capaz de libertar-me dos emaranhados com Lúcio.

Após desligar o telefone de Daniel, continuei arrumando meus enfeites e a casa.

A pequena manta rosa que Alonzo usou na noite anterior estava dobrada com precisão sobre a cama.

De repente, a imagem de Alonzo coberto com aquela manta cruzou minha mente, e, sem que pudesse evitar, sorri.

A vida diária estava cheia de dificuldades, mas também há alegrias inesperadas de vez em quando.

Embora o que Daniel me contou devesse me deixar ansiosa, por alguma razão, não dei tanta importância a isso, até mesmo aguardei com tranquilidade a ligação de demissão da empresa onde havia começado a trabalhar recentemente.

Mas, enquanto eu arrumava cada cantinho do meu lar e cuidava das flores na varanda, meu celular permaneceu em silêncio.

Por fim, me acomodava na cadeira de balanço da varanda para ler, quando ouvi vozes vindas do térreo.

Curiosa, espreitei lá de cima e vi que estavam entregando móveis, junto com dois carregadores.

Eles fumavam e conversavam entre si, e, após alguns minutos, vi a senhora proprietária chegando em sua bicicleta elétrica de três rodas.

Entendi então que os móveis eram para o novo inquilino.

Lembrando do homem sobre o qual ela falou, e então do homem que me seguiu na noite anterior após o encontro às cegas, percebi que ter um vizinho homem poderia até ser algo bom.

Se por acaso eu me encontrasse em perigo novamente, bastaria bater à porta dele pedindo por ajuda, e ele provavelmente não recusaria.

Com esse pensamento, sorri novamente e retornei à minha leitura, até que a campainha do meu apartamento tocou.

Ao abrir a porta, vi a senhora proprietária, com um sorriso no rosto: "Clarice, desculpa."

Ela lamentava não ter conseguido resolver a situação do aluguel para mim.

Eu sorri: "Não há problema."

Eu não fiz comentários, apenas olhei rapidamente e encontrei uma desculpa para voltar ao meu apartamento.

A noite chegou e ainda não havia recebido a ligação de demissão, o que me deixou bastante confusa, chegando a suspeitar que meu celular pudesse estar com defeito.

Então, liguei para Isadora para testar, e o celular estava funcionando perfeitamente.

Isadora, ao saber da minha aventura na noite anterior e do heroísmo de Alonzo, exclamou: "Clarice, vocês têm que ficar juntos, esse homem é incrível! Mal posso esperar para conhecê-lo."

Eu balançava na cadeira de balanço: "Quando ele e eu decidirmos levar a sério, você o conhecerá."

Isadora fez um som de reprovação: "Pelo jeito, você também está interessada, hein?"

Olhei para meus pés como se fossem feitos de jade: "Não sou feita de pedra."

Alonzo já havia me salvado e me ajudado mais de uma vez.

"O sol também tem suas fissuras, e isso não é mentira nenhuma, Clarice, você conseguir se libertar daquela rede de manipulação do Lúcio, aquele canalha, me deixou realmente muito feliz" - Isadora era a pessoa neste mundo que realmente se importava comigo, sem nenhum interesse próprio.