Deixe O Canalha, Abraçando Meu Novo Marido romance Capítulo 382

Ele realmente não estava errado, e eu sabia que o erro era meu, mas por que acabei chorando como se tivesse sido injustiçada?

Alonzo voltou para mim, viu minhas lágrimas descontroladas e me abraçou novamente: "Foi minha culpa, falei demais. Eu... não farei isso de novo."

Quanto mais ele dizia isso, pior eu me sentia.

Levantei a mão e comecei a bater nele: "Você não está errado, por que diz que está? O erro claramente é meu."

"Não, minha Clara nunca está errada. Fui eu... fui tomado por pensamentos ruins, falei sem pensar" - Alonzo assumiu a culpa de novo.

Isso só me fez sentir ainda pior, e continuei batendo nele repetidamente.

Finalmente, não aguentei mais e o mordi.

"Ah, isso dói" - Alonzo reagiu pela primeira vez.

Soltei-o, olhando para ele com o rosto cheio de lágrimas, e Alonzo começou a enxugá-las: "Agora que mordeu, sem mais choro, senão seus olhos vão estar inchados e você não vai ficar bonita amanhã."

"Isso é culpa sua" - reclamei de novo.

"Sim, é minha culpa. Não vai acontecer de novo" - Alonzo continuou secando minhas lágrimas.

Mas ele não estava errado.

Eu o abracei pela cintura, pressionando meu rosto ainda molhado de lágrimas contra seu peito: "Eu fiquei mimada por sua causa."

"Exato, então o problema é meu. Ainda por cima te critiquei, mereço ser punido. Quer me morder outra vez?" - Alonzo brincou comigo.

Dei-lhe um tapa, e ele me abraçou.

Nossa discussão foi intensa.

Eu chorei, mas passou rápido, durou menos de cinco minutos.

Depois de chorar e fazermos as pazes, o constrangimento ainda permanecia.

Então, tentei mudar de assunto: "Quero beber leite."

"Ok vou esquentar para você. Vá tomar um banho primeiro" - Alonzo disse enquanto me empurrava de volta para o banheiro e fechava a porta para mim.

"Alonzo, eu estava errada… vou mudar" - admiti meu erro através da porta.

"Clara está sempre certa" - Alonzo respondeu antes de se afastar.

Ao ouvir isso, olhei para meu reflexo no espelho, com os olhos novamente cheios de lágrimas.

"Por que você pensou que era eu?" - Alonzo perguntou de novo.

Lembrei-me do dia em que ouvi sua conversa com Matheus na escada e de outro telefonema que presenciei.

Se eu mencionasse isso, ele certamente ficaria desconfiado.

"Porque seu sobrenome também é Gomes, e Matheus parece te admirar muito, isso me levou a essa conclusão" - expliquei.

"Agora que você sabe que não sou eu, não está mais irritada, certo? Se não estiver mais irritada, está tudo bem" - Alonzo disse de forma tão tranquila, como se realmente não se importasse.

"Alonzo" - o chamei de novo, e então, como fiz no restaurante, puxei seu pescoço para baixo e dei-lhe um beijo com gosto de leite.

Mas desta vez, Alonzo não ficou passivo como antes.

Ele me segurou e aprofundou o beijo.

Quando nosso beijo estava prestes a esquentar ainda mais, meu celular tocou.

Era Isadora.

Com Érica ainda no hospital, eu definitivamente não podia ignorar: "Dra. Isadora... O quê? Pode repetir, por favor?"