Deixe O Canalha, Abraçando Meu Novo Marido romance Capítulo 383

"A Érica já pode ser operada nos próximos dias!" - A voz de Isadora ecoou pelo viva-voz assim que atendi.

Alonzo imediatamente me olhou, e eu assenti para ele, confirmando a boa notícia.

"Encontraram um doador?" - Alonzo perguntou.

Isadora hesitou por um momento e, então, comentou com uma pitada de ironia: "Como assim, Alonzo ainda está na sua casa a esta hora da noite?"

Ela claramente estava provocando Alonzo, mas aquele não era o momento para brincadeiras.

Eu a interrompi: "Vamos focar no que realmente importa, por favor."

Isadora soltou uma risadinha e explicou: "Não encontramos um novo doador; é o mesmo de antes. A família mudou de ideia novamente."

"E o que o Dr. Tavares disse?" - Alonzo perguntou.

"Ele disse que todos os exames da Érica estão excelentes. Desde que não surja nenhum imprevisto, como uma infecção ou algo semelhante, a cirurgia pode ser realizada em três dias" - Isadora falou com segurança, como se tivesse discutido isso com Flávio.

Tanto eu quanto Alonzo estávamos visivelmente emocionados.

A veia na testa de Alonzo estava pulsando.

Eu segurei sua mão e ele perguntou à Isadora: "Há algo mais que precisamos fazer?"

"Não, não é necessário" - Isadora respondeu, e depois acrescentou: "Na verdade, sim. Vocês precisam garantir o dinheiro para a cirurgia."

Olhei para Alonzo e respondi rapidamente: "Não se preocupe, temos o valor necessário. Não vamos dever nada ao hospital."

"Ótimo, então vou deixá-los em paz" - disse Isadora, e quando pensei que ela fosse desligar, ela acrescentou: "Alonzo, Clara está menstruada, vocês não podem ficar juntos."

Eu: "..."

Alonzo: "..."

Estávamos felizes com a possibilidade da cirurgia de Érica, mas também nervosos.

Afinal, toda cirurgia tinha seus riscos.

Passamos a noite inquietos.

Alonzo acordou antes do amanhecer e logo ouvi o barulho de panelas na cozinha.

"Alonzo, tenho certeza de que a Érica vai ficar bem. Flávio não teria aceitado fazer a cirurgia se não tivesse certeza" - tentei tranquilizá-lo.

Alonzo assentiu, acariciando meu rosto: "Beba a água e vamos nos arrumar para ir. Vou preparar tudo para levarmos."

Depois de beber a água, fui até a janela e vi algumas bitucas de cigarro espalhadas pelo chão lá embaixo.

Eram de Lúcio, que havia voltado na noite anterior.

Ele veio aqui, mas não me procurou, provavelmente por me ver com Alonzo.

Quando Alonzo e eu chegamos ao hospital, era bem cedo e havia poucas pessoas.

Mas, como estava vazio, vi Kelvin de imediato.

Ele estava parado na entrada do hospital, olhando para o céu, numa postura que inexplicavelmente me transmitia uma profunda tristeza.

"Espere um momento" - pedi a Alonzo.

Ele estacionou o carro e eu apontei para Kelvin: "É o Kelvin ali."