Deixe O Canalha, Abraçando Meu Novo Marido romance Capítulo 398

"Ah, mas não é toda vez que me lava o cabelo que me precisa tomar banho" - ele me fez rir com esse comentário.

"Como quiser, mas seja rápido, senão vai amanhecer" - eu o empurrei rapidamente para o banheiro, temendo que ele pudesse me arrastar para lá também.

Alonzo parecia duro, frio e rude à primeira vista, além de aparentar ser indiferente às mulheres, um verdadeiro exemplo de abstinência.

Mas agora eu percebia que ele era como um caçador, insaciável, uma vez que esse homem se entregava.

Ele foi tomar banho e eu limpei a mesa.

Era um hábito que eu tinha desde menina: nunca deixar a louça suja durante a noite.

Eu ainda estava arrumando tudo quando a campainha tocou.

A princípio, achei que tinha ouvido errado, que poderia ser o apartamento ao lado, mas como a campainha insistiu, tive certeza de que era a minha.

Quem poderia ser àquela hora?

Peguei uma toalha de papel e enxuguei as mãos enquanto me dirigia cautelosamente para a porta.

Mesmo com a presença de Alonzo, eu ainda tinha o hábito de perguntar: "Quem é?"

"Sou eu!"

A voz que veio com essas duas palavras fez meu corpo travar.

Era Lúcio.

Por que ele tinha vindo me procurar tão tarde?

Além disso, naquele dia ele havia me tratado como uma estranha.

Enquanto eu estava paralisada, Lúcio continuou a bater na porta.

Eu sabia que ele não iria embora se eu não abrisse.

Era tarde, e ele não parecia se importar em incomodar os outros, mas eu me importava com a vergonha.

Abri a porta e Lúcio estava pálido, com os cabelos levemente desgrenhados e a mão ainda levantada, como se fosse bater novamente.

Olhei para ele com seriedade: "Lúcio, o que você quer?"

"Clarice, por que você não atendeu minha ligação?" - Sua pergunta me fez lembrar do celulare que não parava de tocar enquanto eu estava com Alonzo.

Meus olhos faiscaram: "Não ouvi, você..."

Eu queria perguntar o que ele queria, mas antes que eu pudesse terminar, ele me agarrou: "Vem comigo."

Seu toque gelado me fez arrepiar.

Eu não me movi, tentando me desvencilhar: "Lúcio, você está louco?"

Eu sempre me perguntava se ainda havia algum sinal de vida por parte deles, se eles queriam me ver ou dizer algo…

Essa foi a minha maior tristeza.

Agora, com Dante à beira da morte, e sendo ele uma das pessoas mais importantes da minha vida, eu não queria repetir esse arrependimento.

Quanto a Alonzo, eu poderia ligar para ele depois.

Assim, segui Lúcio para fora do hotel.

No caminho, ele dirigiu rapidamente, quase voando.

Eu estava assustada, segurando firmemente na alça do carro.

Minha respiração estava tensa.

Queria pedir o celular de Lúcio, mas não ousei fazer isso naquele momento.

Lúcio dirigiu por vinte minutos até chegarmos ao aeroporto particular.

Sem perder um segundo, ele me conduziu diretamente ao avião.

"Lúcio, me dê seu celular" - pedi, antes de o avião decolar.