Deixe O Canalha, Abraçando Meu Novo Marido romance Capítulo 587

Lúcio também observava pela janela do carro, assim como eu: "Sim." - Ele disse apenas essa palavra, mas de forma afirmativa.

Eu o olhei: "Vocês também sabiam? Então, por que toda essa encenação?"

Lúcio apertou a mandíbula e não respondeu.

Oscar entrou no carro da polícia e, quando o veículo passou por nós, acenou na minha direção.

Estava dentro do carro, com o filme nos vidros impedindo que ele me visse, mas aquele gesto deixava claro que ele sabia que eu estava ali.

De fato, tudo estava sob seu controle, mas ele acabou caindo na armadilha de Alonzo e dos outros.

Portanto, a prisão de Oscar não era o fim, mas sim o início de outra conspiração.

Isso me fez arrepiar, e me lembrei do que ele havia dito: "Lúcio, Oscar mencionou que há um verdadeiro controlador por trás de tudo isso."

"Hm?"

Diante da dúvida de Lúcio, acabei franzindo a boca, pois Oscar não tinha revelado quem era essa pessoa.

"Oscar é muito astuto." - Disse Lúcio durante meu silêncio.

Parecia que ele estava me alertando para não me deixar enganar por Oscar.

Eu admitia que não deveria confiar nas palavras dele, mas ainda sentia que não podia desacreditá-las completamente.

Naquele momento, não conseguia identificar quem era o verdadeiro controlador por trás de tudo, nem tinha como refutar.

Os carros da polícia partiram um a um, e eu não vi Alonzo.

Talvez estivesse distraída e não o tivesse notado.

"Onde estão Alonzo e Nélson?" - Perguntei.

Lúcio olhou para mim: "Foram para a delegacia."

Não falei mais nada, deixando Lúcio me conduzir.

O caminho parecia muito longo, demoramos bastante para chegar, e eu estava cansada, então fechei os olhos.

Nesse aspecto, Lúcio se sentiu culpado e não disse mais nada.

Quando o carro parou, eu ainda estava de olhos fechados.

Henrique pensou que eu estivesse dormindo: "Clarice, chegamos, acorde."

Ele viu que eu abri os olhos e disse novamente: "Chegamos."

Me sentei, prestes a abrir a porta do carro, mas Lúcio já estava com o celular na mão: "Deixa que eu faço."

Meu olhar caiu sobre o celular dele, que mostrava uma chamada em andamento.

"Lúcio" - eu o chamei, mas não disse mais nada.

Ele me olhou sem entender, até perceber para onde eu estava olhando.

Ao checar, seus olhos se estreitaram e então ele levou o celular ao ouvido: "Alonzo, chegamos. Pode desligar agora."