Deixe O Canalha, Abraçando Meu Novo Marido romance Capítulo 593

Refleti por alguns segundos e fui até a estante pegar um livro, deitando-me na cadeira para ler, até que a diarista me chamou para comer.

"A senhora pessoalmente é mais bonita do que na pintura." - Disse a diarista, enquanto eu estava prestes a comer, fazendo-me parar, surpresa.

"Pintura? Que pintura?"

A diarista sorriu: "As pinturas do Sr. Pereira, todas da senhora, estão no ateliê lá em cima."

Quando eu estava no terraço antes, passei pelo segundo andar, mas não entrei nos quartos, muito menos sabia da existência de um ateliê.

A revelação mais surpreendente era que Henrique sabia pintar, algo que eu desconhecia completamente.

Antes de ele ir para o exterior, vivíamos juntos e crescemos lado a lado, mas ele nunca havia estudado pintura.

Será que aprendeu nos últimos quatro anos?

E, mais importante, ele estava me pintando?

Olhei para a diarista, ocupada na cozinha.

Será que ela se enganou? Afinal, ela não me conhecia antes.

Embora pensasse assim, minha curiosidade foi aguçada, então rapidamente terminei minha refeição e subi as escadas.

Não sabia qual era o ateliê, então comecei a procurar sala por sala: o quarto de Henrique, o escritório, a sala de ginástica, o closet, e finalmente cheguei a uma porta fechada.

Mas esta porta estava trancada com um cadeado eletrônico.

Parecia que essa era o ateliê.

Era natural para as pessoas terem curiosidades, sobretudo quando se tratava de coisas relacionadas a si mesmo.

As palavras da diarista me deixaram especialmente ansiosa para descobrir, mas eu não sabia a senha.

Pensei por alguns segundos e digitei o aniversário de Henrique, mas a senha estava incorreta.

Se não era o aniversário dele, o que poderia ser?

Essas não pareciam pinturas, mas sim fotografias do meu crescimento, capturando meus momentos de alegria e tristeza.

Olhando para essas "fotografias", me lembrei de muitos momentos que havia esquecido.

Examinei cada uma delas até chegar à última pintura, que era de mim em uma coletiva de imprensa do Grupo de Onda.

Então, mesmo durante os quatro anos em que Henrique esteve ausente, ele acompanhou cada um dos meus passos, registrando-os em suas pinturas.

Meu coração ficou pesado com essas imagens.

Meu olhar se afastou das paredes e se fixou em um cavalete coberto por um pano.

Todas as pinturas neste ateliê eram relacionadas a mim, então a obra sob o pano também deveria ser sobre mim.

Qual momento da minha vida aquela pintura ainda não revelada representaria?

Movida pela curiosidade, puxei o pano e a pintura inacabada surgiu diante dos meus olhos, mas desta vez, não estava sozinha na imagem.