Deixe O Canalha, Abraçando Meu Novo Marido romance Capítulo 61

Henrique voltou!

Eu não esperava, assim como não esperava que ele lembrasse daquele número de telefone do meu pai.

Dante e Rosalina também ficaram surpresos, olhando para Henrique sem conseguir dizer uma palavra por um bom tempo.

Henrique havia partido há quatro anos e, durante esse período, nunca tinha retornado.

Agora, com seu retorno tão inesperado, eles estavam tanto surpresos quanto felizes.

"O que foi, vocês não estão felizes em me ver?" - Henrique se aproximou, perguntando com um sorriso.

O temperamento de Henrique era realmente acolhedor, verdadeiramente como o de um irmão mais velho.

Nos dez anos em que estive na família Pereira, antes de sua partida, ele foi quem mais me ofereceu carinho nesta casa.

No entanto, muitas vezes, ele era mais de agir do que falar, diferente de Lúcio, que era do tipo que fazia questão de mostrar a todos o quanto me tratava bem.

"Henrique" - chamei-o.

Nesse momento, Dante e Rosalina também voltaram a si, Rosalina soltou-me e levantou-se, indo até Henrique para dar-lhe dois tapinhas leves: "Então você ainda lembra que tem pais, e decide voltar."

Dante também falou: "Por que não avisou antes?"

Henrique olhou para mim e, em seguida, sorriu suavemente: "Queria fazer uma surpresa para vocês."

Lágrimas brotaram nos olhos de Rosalina, e Henrique a abraçou: "Mãe."

Com essa palavra, Rosalina lhe deu mais dois tapinhas, abraçando-o fortemente enquanto murmurava: "Você ficou tanto tempo fora, seu pai e eu pensamos que de alguma forma havíamos te tratado mal, te deixando ressentido."

"Mãe, o que está dizendo? Eu só estava muito ocupado no exterior" - disse Henrique, mas seus olhos estavam fixos em mim.

Seu olhar era direto e ardente, fazendo meu coração bater de forma desordenada.

Será que ele voltou por minha causa?

Realmente, sempre que estava com ele, nem uma folha de papel ele me deixava carregar.

Exceto por me apaixonar por Lúcio, não houve uma única pessoa ou situação nesta casa que me fizesse sentir menosprezada.

"Você sempre foi bom comigo" - sorri para ele com a mesma simplicidade de anos atrás.

"Eu pensei que você tivesse esquecido." - Ele repetiu.

Sem saber o que responder, estendi a mão: "Deixe-me ajudar com sua bolsa."

Desta vez, ele não recusou, e subimos juntos com a bagagem.

Seu quarto ficava ao lado do meu e de Lúcio, sendo o dele o mais afastado, o meu no meio, e o de Lúcio, o mais próximo da entrada.

Por causa de uma reforma, o quarto de Lúcio estava aberto, ainda com sinais de que não havia sido terminado.