Deixe O Canalha, Abraçando Meu Novo Marido romance Capítulo 625

Se ele realmente tivesse sido amputado por isso, eu lhe devia demais e não queria mais envolvimentos com ele, só podia tentar convencê-lo com o melhor de minha habilidade.

"Não é tão grave assim, só preciso fazer mais alguns tratamentos de remoção e ficarei bem" - ele disse, pálido e tão fraco que mal tinha força para falar.

Ele era tão obstinado que eu não insisti mais.

Ele me olhou e disse: "Você voltou, e meu ferimento começou a cicatrizar mais rápido."

Eu: "..."

Entendi o que ele queria dizer, mas ele mudou de assunto rapidamente: "Nélson mencionou você várias vezes. Se não fosse por eu segurá-lo, ele já teria notificado seu desaparecimento."

Eu tinha cortado todo contato nesses dias, sabia que muitas pessoas se preocupavam comigo.

"Ele virá hoje?" - Eu perguntei, seguindo o assunto.

"Não sei, vou ligar para ele e perguntar" - disse Lúcio, prestes a pegar o celular.

Mas parecia que ele esqueceu que seu braço estava ferido, e ao se mover, a dor o fez parar imediatamente.

Eu estendi a mão para apoiar seu braço envolto em bandagens: "Não precisa ligar, eu já estou de volta, nós nos encontraremos eventualmente."

Lúcio não disse nada, não se sabia se pela dor.

"Devo chamar um médico para você?" - Eu perguntei.

Lúcio balançou a cabeça levemente, depois lambeu o canto dos lábios: "Me dá um pouco de água."

Eu lhe entreguei, ele bebeu dois goles e a expressão de dor em seu rosto aliviou um pouco.

"Henrique veio te visitar recentemente?" - Eu perguntei.

"Veio duas vezes."

"Eu o vi ontem depois que voltei" - disse, fazendo Lúcio olhar para mim.

"No restaurante de churrasco" - eu adicionei.

Ele estava chocado e agitado: "Não, eu não concordo."

Comparado ao seu descontrole, eu estava bastante calma: "Ele me ama, há mais tempo e com mais intensidade..."

"Clarice, é porque Alonzo se foi e você está triste e sofrendo? Você pode encontrar outra maneira de seguir em frente, não escolhendo cegamente alguém" - a voz de Lúcio tremia.

"Conheço ele tanto tempo quanto a você, acho que não é uma escolha cega" - eu murmurei.

"Não, definitivamente não, Clarice, você não pode ficar com Henrique" - Lúcio disse firmemente.

Eu não continuei a conversa, e Lúcio parecia perdido, segurando o copo indeciso sobre o que fazer: "Clarice, você está me culpando por algo relacionado ao Alonzo? Você pode descontar em mim, me xingar, o que for, só não se puna..."

Lúcio estava atrapalhado em suas palavras.

Vendo-o raramente tão perturbado, e lembrando que foi ele quem me alertou sobre o mentor por trás de tudo, imaginei que ele já devia saber que era Henrique.

Então, pressionando-o suavemente, eu perguntei: "Você sempre soube quem era o mentor por trás disso, não é?"