Deixe O Canalha, Abraçando Meu Novo Marido romance Capítulo 667

Henrique franziu a testa: "Clarice, eu sei que você ainda não superou a dor de perder o Alonzo, mas não se menospreze. Se você realmente se sente sozinha e triste, pode vir falar comigo."

Seu olhar era profundo, sua expressão, sincera.

Sua paixão não era fingida, mas essa mesma paixão se tornou um monstro, letal.

Baixei os olhos: "Senhor, não quero que você e o Lúcio acabem se enfrentando, ele me procurou..."

"Não precisa pensar nisso, eu vou resolver" - disse Henrique, estendendo a mão para segurar a minha.

O toque suave, mas fez meus nervos se contraírem. Eu queria retirar minha mão, mas me controlei, apenas olhando para ele com olhos ligeiramente amedrontados: "Senhor, você sabe o que seus pais pensam... eles também são contra..."

Ele balançou a cabeça levemente: "Já disse, perder você uma vez foi suficiente, desta vez, mesmo que o mundo inteiro se oponha, não importa."

O amor de Henrique havia se tornado obsessivo.

Meu coração se apertou, retirei minha mão, esfregando-a sob a mesa no tecido da minha roupa: "Mas eu não quero isso."

"Você não quer isso, ou simplesmente não quer me aceitar?" - Henrique perguntou em voz baixa.

Levantei a cabeça para olhá-lo, sem dizer mais nada.

O silêncio de uma mulher às vezes é a melhor resposta. Alguns segundos depois, Henrique riu levemente: "Acho que estou sendo apressado, preciso te dar tempo."

Ele disse isso enquanto me servia mais comida: "Clarice, não precisa se sentir pressionada. Esperei tantos anos, posso esperar mais, até você estar pronta para me aceitar de verdade."

Se eu não soubesse o que ele fez, se não tivesse visto o lado obscuro por trás de sua aparência radiante, eu realmente estaria comovida.

Mas agora, tudo o que eu sentia era medo. Quanto mais obcecado ele ficava, mais louco se tornava ao não conseguir o que queria.

"Brincadeira à parte, eu fui à Boate Lua de Prata para encontrar homens, mas não era para mim, era para um evento da empresa, precisávamos de modelos masculinos com boa aparência e postura, pensei que os funcionários da Boate Lua de Prata seriam ideais" - continuei com minha desculpa, falando sério.

Se eu pretendia mexer com eles, precisava causar uma certa discórdia entre ele e o Diogo.

Os homens, esses seres dotados de um intenso senso de possessividade, especialmente sobre a mulher que amam.

Como esperado, ele me disse: "Ele troca de mulheres como troca de roupas, se ele te incomodar novamente ou algo do tipo, me avise."

Concordei com um aceno, comendo em silêncio, até que Henrique perguntou: "Sua empresa está organizando um evento com modelos masculinos? Fiquei curioso, posso ir ver quando acontecer?"

Ele queria ver os modelos, mas provavelmente estava tentando descobrir algo mais.

Sorri generosamente: "Claro."

Respondi muito prontamente, mas por dentro eu estava preocupada. Afinal, que evento minha empresa estava organizando? Parece que agora eu realmente precisaria pedir ao Matheus para organizar algo de verdade.