Deixe O Canalha, Abraçando Meu Novo Marido romance Capítulo 81

Não lavar as mãos foi algo que se aplicou tanto a mim quanto ao Henrique.

Eu estava bem, mas Henrique claramente se sentiu constrangido.

"Não faz mal, é problema pequena" - eu disse, tentando quebrar o constrangimento.

Alonzo veio até nós, segurando um pacote de lenços umedecidos.

Henrique tentou pegar o pacote, mas ele não o soltou e, no final, fui eu quem o pegou, entregando um lenço ao Henrique e pegando outro para mim.

"Clarice, quem é ele?" - perguntou Henrique, curioso sobre Alonzo, que tinha uma presença imponente e claramente não era amigável.

"Alonzo Gomes, especialista em ajustes de iluminação" - eu o apresentei.

Alonzo olhou para mim de uma forma que me fez sentir pressionada, e acabei apresentando Henrique também: "Meu... irmão, Henrique".

"Prazer" - Henrique estendeu a mão para Alonzo.

Mas Alonzo apenas acenou com a cabeça, e Larissa rapidamente disse: "Alonzo tem misofobia".

Henrique sorriu discretamente e olhou para mim: "Vamos nos sentar para comer".

Larissa lambeu o canto da boca: "Eu posso pegar um, certo?".

"Claro" - disse Henrique, e também convidou Alonzo: "Alonzo, experimente também".

"Prefiro suco" - Alonzo recusou terminantemente e foi embora.

Larissa parou de comer por um momento e olhou para mim: "Clarice, por que sinto que o Alonzo está naqueles dias?"

Eu fiz um sinal de positivo para ela: "Você tem toda a razão".

Henrique riu de nossa conversa e comentou: "Esse Alonzo parece ser bastante temperamental".

"Não, ele é geralmente calmo. Embora seja um pouco frio, ele não é rude. Hoje, por algum motivo, ele parece ter acordado de mal humor" - disse Larissa, que não parava de falar.

Felizmente, a comida que pedimos chegou.

Parei de comer e Henrique continuou: "Eles ainda acham que você e o Lúcio são inseparáveis, só estão dando um tempo".

Então foi isso.

O pastel que eu estava comendo de repente perdeu o sabor, engoli: "Parece que vou decepcioná-los".

"Talvez eles aceitem com o tempo. Não se preocupe tanto, não se coloque sob pressão" - Henrique tentou me consolar.

Eu não me sentia pressionada, apenas me sentia em dívida com eles, afinal, foram eles que me criaram.

"Eles consideram você uma filha, não querem que você saia de casa" - disse Henrique suavemente.

"Uma filha acaba se casando, mas mesmo casada, ela ainda pode voltar para casa" - respondi.

Quando levantei a cabeça e encontrei seu olhar, vi algo brilhar em seus olhos, ele sorriu para mim: "Mas se você se casar com a família Pereira, estará sempre em casa".

Isso agora era impossível.