Depois da Tempestade, Chegou Meu Sol romance Capítulo 192

“……”

Késia ficou em silêncio por um momento, sentindo o coração se partir diante do olhar do filho.

Ela se aproximou devagar, segurou o ombro de Ricardo e se agachou diante dele.

“Querido, isso é um assunto entre o papai e a mamãe. Deixe que nós, adultos, cuidaremos disso, está bem?” Késia lhe garantiu. “Mas tem uma coisa que a mamãe pode te prometer: eu amo você e a Vânia, e isso nunca vai mudar. O papai também ama vocês.”

Os ressentimentos e conflitos entre ela e Arnaldo não tinham relação com as duas crianças.

Késia levantou a mão e acariciou suavemente o rosto adorável de Ricardo, com os olhos marejados.

“Mesmo que mamãe pudesse voltar há cinco anos, no dia em que você nasceu, e escolher novamente, ainda assim pediria para o médico proteger você e a Vânia.”

Não importava o que acontecesse, ela nunca se arrependeria de tê-los dado à luz. Mesmo que tivesse que perder cinco anos de vida, ou ficar em estado vegetativo, não se arrependeria nem por um segundo!

“……” Ricardo estendeu a mãozinha e enxugou as lágrimas do rosto de Késia.

Ela lhe sorriu docemente: “Pronto, já está ficando tarde. Volte para o seu quarto, vá se lavar e se preparar para dormir. Amanhã você tem aula.”

Ricardo já estava na porta, quando de repente se lembrou de algo e olhou para trás, fitando Késia.

“Semana que vem, vai ter uma atividade de pais e filhos na escola... Se você estiver bem, bem livre, pode ir também.”

Ele falou rapidamente, sem esperar a resposta de Késia, e saiu correndo.

Késia olhou para o filho correndo, não conseguiu conter um sorriso, sentindo o coração se encher de ternura.

Seu querido filho a convidara, é claro que ela iria.

Depois que Ricardo saiu, Késia voltou ao trabalho, organizou o que faltava e programou o envio dos e-mails, para que fossem entregues ao perfil profissional de Teresa durante o expediente.

Quando tudo estava pronto, desligou o computador e foi tomar banho.

Saiu do banheiro vestindo o pijama, quando ouviu batidas na porta.

Késia pensou que fosse Ricardo, então abriu a porta sorrindo, mas desta vez, quem estava ali era a imponente figura de Arnaldo, parado como uma montanha à sua frente.

Ela virou o rosto.

“Você está bêbado. Seja o que for, fale depois que estiver sóbrio.”

Arnaldo permaneceu imóvel, o olhar escurecendo ainda mais, como se escondesse uma tempestade silenciosa.

Então... Era essa a reação dela diante da embriaguez dele?

Antes, Késia se preocupava tanto com ele, ficava aflita com sua saúde, sabia que ele tinha problemas no estômago, sempre o protegia nas confraternizações, preferindo ela mesma passar mal a deixá-lo desconfortável!

E agora?

Pretendia usar essa frieza ambígua até quando para provocá-lo?

De repente, Arnaldo abriu um sorriso frio e cortante.

“Késia, vejo que realmente te acostumei mal.”