Depois da Tempestade, Chegou Meu Sol romance Capítulo 229

Késia vestiu-se rapidamente, secou o cabelo até que ficasse quase seco e saiu apressada.

Do lado de fora, viu Demétrio sentado no sofá, absorto em pensamentos.

Ao ouvir o barulho, ele levantou os olhos com um atraso sutil. O olhar dele parecia carregado de peso, caindo sobre Késia como se fosse palpável.

Esse olhar fez o coração dela disparar sem motivo.

“Senhor Rodrigues, hoje cheguei atrasada, mas posso explicar. Uma ex-funcionária da sua empresa, chamada Tabata, foi manipulada por alguém e me enganou, trancando-me no banheiro. Tive que fazer um grande esforço para arrombar a porta e sair de lá…”

De fato, suas mãos quase feridas eram prova disso.

Demétrio semicerrrou os olhos, um frio cortante surgindo em seu olhar.

O principal investidor permanecia em silêncio, e Késia sentiu-se ainda mais apreensiva, pois parecia que ele não estava ouvindo.

Ela se aproximou: “Senhor Rodrigues, eu…”

Demétrio mexeu levemente os lábios, interrompendo-a.

“Késia.” Ele chamou pelo nome dela, com uma profundidade carregada de anos, e disse lentamente: “Há quanto tempo não nos vemos.”

Késia ficou em silêncio por um instante, depois respondeu em voz baixa.

“Sim.” Ela disse, “Faz muito tempo…”

Aquela vez apressada no carro não contava; ela o evitara, e ele talvez nem a tivesse reconhecido.

Tecnicamente, já se passavam sete anos…

De repente, Demétrio levantou-se e caminhou até ela.

Ao se aproximar, sua presença imponente tornou-se ainda mais evidente.

Késia, pressionada, recuou instintivamente até encostar as costas na parede fria, sem ter para onde fugir.

Demétrio era provavelmente um pouco mais alto que Arnaldo, com uma presença ainda mais dominante. Diante dela, sua silhueta alta se aproximava cada vez mais, e Késia sentia o cheiro dele ao respirar.

“Demétrio, você sabe que meu avô é tudo o que tenho… Ele é o melhor médico, mas até mesmo um médico não pode se curar.” As lágrimas dela caíam. “Não vou deixar que ele se esqueça de mim.”

Embriagada, ela insistia: “Demétrio, você acredita que vou conseguir?”

Sob a luz do luar, ele via claramente as marcas das lágrimas nos cantos dos olhos dela, e só com muito esforço resistiu ao impulso de enxugá-las.

“Acredito…”

Depois disso, ele permaneceu sozinho, esperando por ela durante sete anos no futuro que ela tanto desejava.

As lembranças eram como uma avalanche devastadora.

Demétrio fechou os olhos por um instante.

“Késia…” A voz dele soou rouca e tensa, como se algo o segurasse. Ele falou devagar: “Peça desculpas para mim.”

Você se atrasou todos esses anos…