Depois da Tempestade, Chegou Meu Sol romance Capítulo 238

Arnaldo tinha mania de limpeza, por isso sentia-se extremamente desconfortável ao ver o sangue sujar seu corpo.

Ele havia reservado recentemente um quarto por horas em um hotel cinco estrelas, pedindo que trouxessem uma muda de roupa limpa. Depois de tomar banho, trocou de roupa e jogou a antiga diretamente no lixo.

Quando Arnaldo terminou de se arrumar e voltou ao quarto do hospital, Geovana já havia acordado.

“Sr. Castilho…” O rosto dela estava muito pálido, transmitindo um ar de fragilidade.

Arnaldo permaneceu em silêncio, aproximou-se e elevou um pouco a cabeceira da cama.

“Késia está bem?” O olhar de Geovana permanecia fixo no rosto de Arnaldo, difícil de decifrar suas emoções. Quando ele se preparava para afastar a mão, ela estendeu a dela, segurando a manga de seu casaco. “Arnaldo, acredite em mim…”

Lágrimas escorriam por aquele rosto pálido.

Soluçando, Geovana disse: “Eu realmente não tranquei a Késia no banheiro, eu nem conheço aquela mulher louca…”

Arnaldo a observou em silêncio, estendendo a mão para enxugar as lágrimas que caíam do rosto dela.

“Geovana, há quanto tempo nos conhecemos?” Ele perguntou, sua voz permanecia sempre gentil.

Geovana ergueu os olhos cheios de lágrimas, sem entender o motivo da pergunta, mas respondeu mesmo assim.

“Já fazem dez anos... Quando comecei a faculdade, você era o instrutor Leonardo responsável pelo nosso treinamento militar.”

“Sim.” Arnaldo puxou uma cadeira, sentou-se ao lado da cama; a camisa cinza-azulada lhe caía bem, tornando-o ainda mais charmoso e atraente.

Naquele tempo, não era de se estranhar que Geovana tivesse se apaixonado à primeira vista por Arnaldo. Mesmo que tivessem se passado dez anos, ele só havia ganhado a postura madura de um homem adulto.

No entanto, antes que Geovana pudesse se perder em lembranças, ouviu Arnaldo dizer em tom baixo: “Eu conheço a Késia há quinze anos.”

O subentendido era claro: ele conhecia Késia muito mais do que conhecia Geovana…

O rosto de Geovana ficou tenso e, sob o cobertor, as mãos apertaram os lençóis sem ruído.

Arnaldo fitou a mulher à sua frente com um olhar sereno, mas no fundo não teve coragem de ser duro com as palavras.

“Geovana, nestes anos ao meu lado, você realmente me trouxe conforto. Eu até tolerava suas pequenas artimanhas… Mas Késia, afinal, é minha esposa, mãe biológica dos meus dois filhos.”

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