No quarto do hospital.
Késia sentou-se em silêncio sobre a cama, enquanto alguns médicos e enfermeiros a examinavam cuidadosamente.-
Foi a própria Késia quem apertou o botão ao lado da cama para avisar a enfermaria que havia despertado.
Depois de cinco anos em estado vegetativo, ela já havia tido o suficiente!
Agora, Késia estava acordada.
Quanto ao casamento, ela estava decidida a se divorciar!
Sua juventude já havia sido desperdiçada, mas o patrimônio, a carreira e, mais importante ainda, os dois filhos que lhe pertenciam, ela pretendia recuperar um a um, sem dar qualquer vantagem ao marido traidor!
O objetivo final de Késia era garantir que Arnaldo perdesse a guarda das crianças e saísse de casa sem nada!
No entanto, após um vazio de cinco anos, ela ainda precisava de um tempo para se preparar para o divórcio...
Com o canto dos olhos, Késia percebeu a barra do paletó de Arnaldo do lado de fora da porta.
Era o momento certo!
“Dr. Sampaio, como estão meus olhos?” Késia perguntou aflita e desorientada, “Por que, assim que acordei, não consigo enxergar nada?”
Arnaldo, que acabava de entrar no quarto, ouviu essa frase. Franziu a testa e, demonstrando preocupação, aproximou-se da cama.
“Késia.” Ele a chamou suavemente.
O simples som da voz dele causou-lhe repulsa.
“Arnaldo, finalmente você veio.” Ela conteve o nojo, fingiu desorientação visual e, como se fosse cega, tateou até se jogar nos braços de Arnaldo.
Sentiu imediatamente o perfume de outra mulher impregnado nas roupas dele.
“Arnaldo, estou com tanto medo, não consigo te ver...”
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