Depois da Tempestade, Chegou Meu Sol romance Capítulo 4

“Sr. Rodrigues, Sra. Castilho… quero dizer, Sra. Cardoso…” Dr. Sampaio cometeu um deslize e quase mordeu a própria língua de nervoso. Apressou-se em corrigir, forçando-se a continuar: “Ela finalmente acordou…”

No andar de baixo.-

Késia observou discretamente ao redor; Geovana e as duas crianças não estavam presentes, provavelmente haviam saído antes.

Arnaldo conduziu Késia até o banco do passageiro, abriu a porta e, assim que Késia olhou, avistou imediatamente um batom Chanel deixado sobre o assento.

Arnaldo lançou um olhar para Késia, pegou o batom silenciosamente e o guardou no bolso. Depois, sem demonstrar qualquer alteração, acomodou Késia no banco do passageiro.

“Arnaldo.” Késia perguntou em voz baixa, “Durante esses cinco anos em que fiquei em estado vegetativo, alguma outra mulher ocupou o banco do carona deste carro?”

“Claro que não.” Arnaldo negou prontamente. Ele fez uma breve pausa e, meio em tom de brincadeira, acrescentou: “Todo o país A sabe que a minha esposa, Arnaldo, é famosa por ser destemida. Uma moça que entrou armada no covil dos sequestradores.”

Destemida?

De fato, pouco tempo após o casamento, Arnaldo fora vítima de um sequestro, e a polícia avançou lentamente na investigação. Késia ficou desesperada, mobilizou todas as suas conexões para investigar e, finalmente, descobriu o paradeiro de Arnaldo.

Ela levou uma mala de dinheiro e uma arma, arriscando a própria vida para salvá-lo.

Arnaldo também jurou que jamais a decepcionaria.

O semáforo à frente ficou vermelho e o carro parou firmemente atrás da faixa de pedestres.

Arnaldo virou-se repentinamente para olhar para ela.

“Késia, como foi para você esses cinco anos em estado vegetativo?”

Késia, por trás dos óculos escuros, olhou friamente para a mão de Arnaldo, que se estendia para segurar a sua.

“Senti como se tivesse sonhado por muito tempo, um sonho totalmente escuro, sem som, sem luz… muito assustador.”

Ele nunca vira o chefe tão desconcertado.

“Nada…”

O Bentley se distanciou, encolhendo-se até tornar-se um ponto invisível.

Demétrio Rodrigues recolheu lentamente o olhar. Não muito longe, a fachada do Grupo Castilho destacava-se imponente sob o céu noturno.

Ele semicerrava os olhos profundos.

Com um pensamento desconhecido, seus lábios finos e bem delineados se curvaram em um sorriso sarcástico e irônico.

“Késia.” Ele murmurou o nome em voz rouca, o tom suave como a água escondendo uma tristeza infinita. Lentamente, disse: “Valeu a pena?”