Depois da Tempestade, Chegou Meu Sol romance Capítulo 319

O Professor Castellani acabou cedendo no final.

“Tudo bem, mas ainda preciso te lembrar de uma coisa.” O Professor Castellani falou com um tom grave e ponderado. “Homens há muitos por aí, veja, o Ramires também não é ruim!”

Késia permaneceu em silêncio.

Ele achava que ela mantinha Geovana em seu grupo de projeto apenas para disputar Arnaldo?

“Professor Castellani, eu...”

Késia sentiu-se compelida a se explicar melhor, mas nesse instante um oficial uniformizado apareceu apressado.

“Professor Castellani, o Vice-Presidente chegou de surpresa, e trouxe um convidado! O senhor precisa descer imediatamente.”

Késia sabia que não era apropriado permanecer.

“Professor Castellani, então vou indo.”

“Está bem, não vou te acompanhar. Marcamos outro dia para conversar sobre o projeto com mais calma.” Disse o Professor Castellani, saindo apressadamente.

Késia também saiu em direção à saída.

Como seu celular estava guardado no setor de segurança, Késia seguiu até lá para recuperar seus pertences. Os objetos pessoais de Brenda já haviam sido retirados antes.

Mas ela deixara a chave do carro.

Késia ligou o celular e imediatamente viu uma mensagem da Brenda no WhatsApp.

Brenda: “Késia, voltei para a empresa com o caminhão que transportava os materiais. Deixei meu carro para você dirigir de volta.”

Késia: “Obrigada, Brenda.”

Ela pegou a chave do carro da Brenda e seguiu em direção ao estacionamento subterrâneo externo.

Ao chegar à entrada, deparou-se com duas figuras incômodas.

Arnaldo e Geovana estavam parados em frente ao carro conversando. O pior é que os carros deles estavam exatamente em frente ao da Brenda.

Késia apenas sentia irritação por aquele casal, mas não tinha medo deles, então continuou andando.

“Foi a Késia que te machucou?” Não havia mais ninguém no estacionamento naquele momento. A voz de Arnaldo, irritada mas repleta de preocupação, era clara o suficiente para que Késia escutasse sem se aproximar. “Se ela usasse mais força, provavelmente teria te quebrado algum osso!”

Arnaldo protestou, aborrecido: “Parece que todo esse tempo, eu realmente estava enganado sobre a Késia! Nunca imaginei que ela pudesse ser tão cruel e ciumenta! Já expliquei para ela, nesses anos todos, nunca ultrapassei qualquer limite com você!”

“A culpa foi minha.” Geovana respondeu com a voz embargada. “Eu não deveria ter ido ao escritório do Professor Castellani sem avisar. Só não queria que você perdesse a viagem, então fui pedir ao Professor Castellani que lhe concedesse um tempo para um encontro formal hoje... Me desculpe, Arnaldo, acabei te causando problemas.”

Arnaldo, apesar de temer que o projeto fosse prejudicado, ao ver Geovana chorando de forma tão comovente — e sabendo que ela só fora até o Professor Castellani por sua causa, além de ter sido agredida pela Késia.

Arnaldo respirou fundo, cedeu e estendeu a mão para enxugar-lhe as lágrimas.

No momento em que ele se aproximou, Geovana lançou-se em seus braços, abraçando Arnaldo pela cintura de forma apertada.

Arnaldo hesitou, não rejeitou Geovana, mas se preocupou por poderem estar sendo filmados pelas câmeras de segurança do local.

Não queria que Horácio tivesse uma impressão ainda pior dele.

“Geovana...” Arnaldo ia afastá-la.

Geovana, porém, se adiantou, ficando na ponta dos pés para sussurrar em seu ouvido. Seus lábios macios roçaram de leve a orelha dele, fazendo o corpo de Arnaldo estremecer como se tivesse recebido um choque.

“Arnaldo,” Geovana sussurrou docemente, “não se preocupe. Quanto à parceria com o Projeto Cidade Verde, vou conseguir por você! Faria qualquer coisa por você. Na época da universidade, eu já arriscava tudo por você. Hoje, ainda faria o mesmo.”