Ela queria dizer que se arrependera?
“Papai, por que está sorrindo?” Ricardo temia que Arnaldo pudesse amassar aquela folha caída, pois fora escolhida com carinho por sua mãe e presenteada a ele. Era o segredo entre ele e a mãe!
Ele se pôs na ponta dos pés, tentando pegar de volta a folha das mãos de Arnaldo.
Porém, Arnaldo se adiantou, virou-se com a folha nas mãos e subiu as escadas.
“Diga à sua mãe que tudo o que ela fez de cruel já foi suficiente, e que não adianta mais jogar esse tipo de jogo comigo.”
Ricardo: “?”
Ricardo sentiu que seu cérebro de QI 192 não estava conseguindo acompanhar.
Que tipo de jogo sua mãe estava jogando?
Por que ele não sabia de nada?
Ricardo coçou a cabeça, confuso.
Não havia nada que pudesse fazer, já que o pai lhe tirara a folha. Só poderia pedir outra à mãe na próxima vez.
Ricardo, então, carregou sozinho duas sacolas de roupas, esforçando-se para voltar ao quarto.
Vânia quase adormecera, mas ao ouvir o som da porta, sentou-se rapidamente na cama.
“Irmão.” Ela esfregou os olhos sonolentos. “Você voltou…”
Naquela noite, ela jantara com a Sra. Geovana e o pai. Após a refeição, o pai a trouxera para casa, enquanto a Sra. Geovana fora direto para sua residência.
“Isto aqui foi a mamãe que comprou pra você.” Ricardo tirou o vestido escolhido por Késia para Vânia e lhe entregou. “Gostou? E esse pão de queijo, também foi a mamãe que pediu para eu trazer pra você. Mas já está tarde, então só pode comer um.”
Vânia, ao ver a comida saborosa e o vestido bonito, ficou um pouco atônita.
Não pôde deixar de lembrar das palavras de Késia: “Vânia, você só pode ter uma mãe. Se escolher a Geovana, eu deixo de ser sua mãe.”
Achara que a mãe não a queria mais…
“O que foi, Vânia?” Quando Ricardo levantou a cabeça e viu os olhos da irmã marejando, ficou aflito e logo subiu na cama para enxugar-lhe as lágrimas. “Não chora, não chora. Você está com fome?”
Ricardo rapidamente colocou o pão de queijo na boca dela.
Vânia chorava e mastigava ao mesmo tempo, murmurando algo que Ricardo não conseguia entender.
“Pronto, pronto, não chore mais.”
Ricardo foi buscar o copo d’água da irmã.
Quando ela acabou de comer, ele levou o canudo até a boca dela.
Vânia bebeu um pouco de água e só então, soluçando, perguntou: “Irmão, eu posso ter duas mães?”
“Ah, hoje pela manhã o Professor Castellani vai conosco no mesmo carro. Ele terá uma reunião de ex-alunos ali perto ao meio-dia.”
“Tudo bem.”
Késia se preparou, escolhendo um traje profissional elegante, que realçava ainda mais sua postura e beleza.
Ela se maquiou levemente diante do espelho, aplicou um batom matte aveludado e, com poucos toques, seus traços já se destacavam de forma encantadora.
A antiga Késia, apagada e submissa ao Arnaldo, jamais voltaria a existir!
Dessa vez, ela faria questão de retornar ao Grupo Castilho de forma marcante, agora como cliente!
Em frente ao prédio do Grupo Castilho.
Lorena segurava dois cafés, esperando a chegada de Geovana.
“Geovana, hoje você está tão elegante! Lindíssima!” Lorena entregou um dos cafés, encantada. “Tão bonita, e ainda foi escolhida para o Projeto Cidade Verde, grupo A. Você une beleza e inteligência, não tem pra ninguém!”
Lorena, com intimidade, segurou o braço de Geovana. “Sua família é tão bem de vida, e finalmente você resolveu se destacar, minha bilionária! Daqui pra frente, vou me agarrar a você!”
Geovana sorriu com modéstia. “Lorena, se continuar elogiando, vou acabar ficando vermelha.”
De repente, percebeu de relance um carro parado na rua. Ao identificar a mulher que desceu do banco de trás, o sorriso radiante de Geovana congelou.
Lorena também viu e, franzindo o cenho, resmungou: “Aquela Késia, não desgruda! Já se separou do Sr. Castilho, e ainda aparece aqui toda produzida. Quer pedir pra voltar, é?”

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Depois da Tempestade, Chegou Meu Sol
Boa noite. Estou lendo o livro Depois da tempestade, quando tento comprar aparece uma nota dizendo para tentar mais tarde. Isso é muito incoveniente....