Depois da Tempestade, Chegou Meu Sol romance Capítulo 515

“Não foi nada disso, Ricardo.”

“Eu jamais ousaria maltratar sua mãe, ela é quem costuma me dar uma lição.” Demétrio respondeu, lançando um olhar significativo para Késia, e comentou com ironia: “Você nunca viu quando ela me deu um tapa. Foi forte e barulhento.”

Késia permaneceu em silêncio.

Ela já sabia que Demétrio era do tipo que guardava ressentimentos.

Ricardo arregalou os olhos de surpresa e, tomado de curiosidade, perguntou: “Mãe, você já bateu no Sr. Rodrigues? Quando isso aconteceu?”

A mãe era tão magra, enquanto o Sr. Rodrigues era alto e aparentava ser alguém difícil de se enfrentar. Com apenas cinco anos, ele não conseguia imaginar sua mãe, sempre tão gentil, batendo em Demétrio.

Demétrio provavelmente não se lembrava do tapa que levou dela quando a beijou bêbado; devia estar falando daquela vez em que falou mal de Arnaldo Castilho...

Para Késia, a paixão que sentia por Arnaldo naquela época já era uma mancha em seu passado.

Ela não queria recordar.

“Ricardo, volte para o quarto e faça seu dever de casa. Na hora do jantar, a mamãe te chama, está bem?”

“Tá bom…” Ricardo ainda estava curioso e, relutante, lançou um último olhar para Demétrio.

Demétrio disse: “Vá lá, depois te conto com detalhes a gloriosa história da sua mãe.”

“Tá bom~” Os olhos de Ricardo brilhavam de expectativa.

Késia ficou sem palavras. Quando Ricardo saiu, ela advertiu Demétrio: “Não conte bobagens para o Ricardo.”

Demétrio sorriu de canto, provocando-a de propósito: “De qual parte você está falando? Da vez em que você me deu dois tapas?”

Késia ficou surpresa, seus olhos se arregalaram: “Você se lembra?”

Ela se recompôs e viu que quem ligava era Gonçalo Amorim.

Késia atendeu enquanto caminhava para a varanda.

“Dr. Amorim.”

“Sra. Cardoso, já analisei as contas de Celso Correia conforme suas orientações e realmente encontrei grandes irregularidades. Crime econômico somado à incitação ao homicídio, vários delitos cumulativos. Com as provas que temos, estou confiante de que a pena dele será de no mínimo dez anos.”

Gonçalo declarou com calma: “Acabei de conversar novamente com Celso. Desta vez ele finalmente cedeu e disse estar disposto a aceitar seus termos e conversar pessoalmente. Busca obter seu perdão como familiar da vítima para tentar reduzir a pena.”

Késia olhou para o céu escuro e as luzes da cidade ao longe, e respondeu em tom sereno: “Está bem, Dr. Amorim. Por favor, organize um horário para a visita.”

“De acordo, irei acompanhá-la na ocasião.”

“Obrigada pelo seu esforço.”