Depois da Tempestade, Chegou Meu Sol romance Capítulo 518

A noite caía intensamente, e metade da cidade já dormia.

Por outro lado, as luzes de néon brilhavam como se fosse dia.

No bar Escarlate, ondas de música eletrônica agitavam o ambiente, levando a atmosfera ao auge.

Pérola Castilho dançava despreocupadamente com alguns amigos na pista, entregando-se ao ritmo da música.

Tinha acabado de sair da casa do irmão, Arnaldo. Apesar de ter dito que iria descansar, na verdade, logo em seguida, combinou de sair com alguns amigos para se divertir.

O tempo que ficou no exterior quase a enlouqueceu de tédio.

Ela já havia se mudado da casa da família Castilho, desfrutando de muito mais liberdade. Além disso, os boatos e escândalos sobre ela na internet já tinham sido superados por novas fofocas diárias.

“Pérola, meu primo acabou de voltar do exterior, que tal eu marcar para vocês se conhecerem?” Quem falava era Yasmin Lacerda, cuja família atuava no ramo madeireiro e, em seu círculo social, ocupava uma posição inferior.

Pérola conhecia o tal primo; a família dele era um pouco melhor que a dos Lacerda, mas nada impressionante. Além disso, ele era apenas mediano em aparência. Naturalmente, Pérola não se interessava.

Ignorou o comentário, fingindo não ouvir. Yasmin, não querendo se sentir rejeitada, forçou um sorriso constrangido e logo se virou para dançar colada com o jovem astro que trouxera consigo.

Pérola recusou a abordagem de dois rapazes e decidiu voltar ao camarote para beber alguma coisa.

O local era mal iluminado, e, sem querer, ela esbarrou em alguém.

“Desculpe-me.” O homem a amparou gentilmente. Sua voz era grave, marcante e facilmente reconhecível.

Pérola estremeceu e lembrou-se do homem que a havia ajudado recentemente no exterior. Levantou a cabeça abruptamente e, ao ver o rosto conhecido e bonito do homem, ficou paralisada por um instante.

Aquele olhar, Givaldo Soares já conhecera muitas vezes.

Ele acenou com a cabeça educadamente, soltou a mão dela e se preparou para sair.

Naquela noite, antes de ir embora, Givaldo apenas se reunira com alguns amigos. Como já estava na hora, pretendia voltar para um pouco de tranquilidade, mas foi surpreendido quando a mulher o segurou.

“Espere um momento!” Pérola exclamou, um pouco emocionada. “Sr. Soares, é o senhor mesmo!”

Givaldo ocultou habilmente qualquer sinal de impaciência no olhar e fixou Pérola por alguns segundos, obviamente sem se lembrar daquele rosto bonito.

Assim que saiu, Givaldo recebeu uma ligação do gerente do fundo de assistência.

“Sr. Soares, há cinco anos, o senhor criou o fundo para as famílias dos soldados mortos em missões de resgate. Todos os benefícios deste ano já foram entregues.”

“Certo, só quero ter certeza de que tudo chegou às mãos das famílias dos soldados.” Cinco anos atrás, na primeira vez que liderou uma missão, sua responsabilidade era resgatar uma equipe de Médicos Sem Fronteiras presa em uma zona de conflito. Porém, durante a missão, uma das partes envolvidas ignorou o acordo de cessar-fogo e abriu fogo de repente.

Sete soldados sob seu comando morreram heroicamente protegendo civis e médicos, além de mais de uma dezena de feridos. Entre as vítimas, um casal de médicos sem fronteiras, que, ao tentar buscar antibióticos para salvar soldados feridos, também morreu.

Esse acontecimento impactou Givaldo profundamente.

Apesar de o exército conceder pensões, Givaldo fez questão de criar, com recursos próprios, um fundo especial, que anualmente destinava uma quantia aos familiares dos mártires.

Entre os falecidos, aquele casal de médicos era de cidade A. Quando morreram, seu filho ainda não tinha um ano e, atualmente, era criado pelos tios maternos.

O gerente do fundo queria falar exatamente sobre essa criança.

“Sr. Soares, desde que a filha do casal de médicos foi adotada pelos tios, ao chegar à idade escolar, foi matriculada diretamente em uma escola de elite. Em termos de educação, o volume de solicitações de auxílio do fundo tem sido extraordinariamente alto!”