Demétrio havia acabado de descer do carro quando recebeu a ligação de Késia.
Nunca tinha ouvido ela gritar seu nome de maneira tão desesperada e angustiada. Ela lhe pedia socorro...
Demétrio sentiu como se uma mão invisível tivesse apertado seu coração com força, ao ponto de fazê-lo perder o fôlego.
“Késia!”
No entanto, do outro lado da linha, a voz de Késia não se fez mais ouvir.
Ele escutou a risada fria e arrogante de um homem, carregada de intenções assassinas.
“Késia, ninguém pode te salvar!”
“Devolva ela para mim.” Demétrio, sufocando a fúria assassina que fervilhava em seu sangue, respondeu com voz gélida, tentando negociar. “Eu garanto sua saída em segurança!”
Nicolas riu baixinho, com perversidade. “Hein, você se importa tanto com ela... Então vou te mandar ela em pedaços.”
Demétrio apertou o telefone com tanta força que os tendões saltaram em sua mão.
“Nicolas!”
Como resposta, ouviu apenas o som do aparelho sendo destruído sob um forte pisão.
Os olhos outrora escuros de Demétrio tornaram-se, num instante, um mar de vermelho sangue.
“Sr. Rodrigues...” Lucas, ao ver o semblante assassino de Demétrio, ficou paralisado de medo.
“Sr. Ferro, esses são os chamados Sombra, grupo de segurança da família Rodrigues. O senhor já deve ter ouvido falar. Eles treinam junto com a Tropa de Elite e, devido à posição especial da família Rodrigues, os Sombra têm autorização para portar armas legalmente no país.”
O olhar de Sr. Ferro percorreu os seguranças de preto, agora carregado de ira: “Não me interessa quem é família Rodrigues ou não é! Por mais poderosa que seja, não pode se colocar acima da lei! Querem trocar tiros com a polícia? Façam-nos sair imediatamente, não atrapalhem o serviço policial. Se algum cidadão inocente se ferir, será que a família Rodrigues vai assumir essa responsabilidade?!”
“Sr. Ferro!” Gonçalo chamou o policial que tentava forçar passagem e lhe entregou o telefone, “Acho que o senhor deveria atender esta ligação.”
“...”
Sr. Ferro respirou fundo, tomou o telefone com impaciência e atendeu: “Alô!”
“Sr. Ferro, permita-me apresentar: sou Dalton.” A voz do outro lado era masculina, rouca e magnética, mas demonstrava certo cansaço. “Meu irmão Demétrio está aqui representando a família Rodrigues, atendendo ao convite da Secretaria de Segurança, para ajudar na captura do criminoso. O secretário vai contatá-lo pessoalmente em breve.”
“...” Sr. Ferro cerrou os dentes, indignado. “Sr. Rodrigues, vocês estão brincando com vidas humanas!”

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Depois da Tempestade, Chegou Meu Sol
Boa noite. Estou lendo o livro Depois da tempestade, quando tento comprar aparece uma nota dizendo para tentar mais tarde. Isso é muito incoveniente....