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Depois da Tempestade, Chegou Meu Sol romance Capítulo 547

Pelo retrovisor, ele lançou um olhar frio e impassível para a silhueta de Geovana, que permanecia parada no mesmo lugar. Em seus olhos, refletia-se uma frieza sombria e ameaçadora.

Késia tivera um sonho. Sonhara que estava em uma sala de cirurgia.

No centro cirúrgico, quem jazia sobre a maca era Demétrio. Ela lutava desesperadamente para salvá-lo, ajustando o desfibrilador ao máximo, mas, no fim, só pôde assistir, impotente, enquanto o coração dele parava de bater…

“Não, não! Por favor!” Késia despertou do pesadelo, suando frio.

O teto acima de sua cabeça era de um branco ofuscante, e o ar ao redor estava impregnado pelo cheiro de desinfetante.

Ainda bem, era só um sonho…

Késia virou um pouco o rosto, mas de repente viu, junto à janela, a silhueta esguia e ereta de um homem. Por um instante, quase pensou estar vendo Demétrio.

No entanto, no segundo seguinte, o homem virou-se, e ao reconhecer aquele rosto familiar a ponto de lhe causar repulsa, o olhar de Késia imediatamente se tornou gélido.

Era Arnaldo.

Ele acabara de desligar o telefone; seu semblante estava sombrio, mas ao ver Késia acordada no leito, sua expressão suavizou-se.

Arnaldo guardou o celular e se aproximou rapidamente da cama.

“Késia, finalmente acordou. Você dormiu o dia inteiro.”

Késia franziu a testa, demonstrando abertamente sua frieza.

“O que está fazendo aqui?” Sua voz estava rouca e fraca, a garganta muito seca.

“Foi o Sr. Ferro quem me avisou. Afinal de contas, sou o pai biológico dos seus dois filhos. Tenho direito de saber o estado de saúde da mãe deles.” Arnaldo puxou uma cadeira e sentou-se ao lado da cama. Seu cabelo estava desalinhado e o rosto, abatido. Por causa da falta de sono, seus olhos estavam fundos, e veias azuladas podiam ser vistas sob as pálpebras.

Todo o seu corpo exalava cansaço.

“Quando cheguei aqui, você tinha acabado de fazer os exames e estava dormindo profundamente. O médico me mostrou seu laudo; embora não haja ferimentos graves, há várias contusões, escoriações e uma leve fratura. O melhor é ficar internada alguns dias para repouso absoluto. Já providenciei sua internação e paguei todas as despesas médicas e hospitalares. Além disso, pedi para o chef da casa vir até aqui e, com autorização do hospital, preparar suas refeições diárias.”

Késia franziu ainda mais a testa, sem demonstrar gratidão.

“Quem te pediu para fazer tudo isso por mim? Arnaldo, o que está tentando agora? Vai encenar aquele clichê ridículo do ‘homem arrependido tentando reconquistar a ex-esposa’? Parabéns, conseguiu. Só conseguiu me causar repulsa.”

Arnaldo olhou para o rosto glacial de Késia e sentiu uma dor aguda no estômago, ainda mais intensa que em qualquer outro momento anterior.

Ele respirou fundo. “Késia, eu sei que você me detesta. Mas, mesmo que me odeie, não precisa castigar o próprio corpo. Coma alguma coisa primeiro. Mais tarde, quero conversar com você...”

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